Os visitantes do Musée du Fromage vão poder aprender tudo sobre as diferentes variedades regionais de queijos, como são feitos e participar em degustações.
Foi inaugurado um novo museu, no coração de Paris, dedicado ao antigo ofício de fabricação de queijo em França, o segundo maior produtor da Europa, depois de Itália.
O Musée du Fromage ocupa o espaço de um antigo restaurante de 300 m² no interior de um edifício do século XVII no 4° arrondissement, na Île Saint-Louis, atrás da Catedral de Notre-Dame.
Segundo a CNN, os visitantes vão poder aprender tudo sobre as variedades regionais de queijos, como são feitos os diferentes tipos e participar em degustações. Há também uma loja de lembranças.
O cérebro por trás do museu é Pierre Brisson. Inspirado pelas tardes de domingo passadas no mercado a olhar para as vitrines das queijarias, Brisson decidiu criar um museu numa cidade que não tinha nenhum dedicado a um dos maiores símbolos franceses.
“As pessoas podem ver a produção de queijos ao vivo e também falar com o queijeiro”, disse, em entrevista à Euronews. “Trabalhamos com muitos agricultores tradicionais. Queremos que as pessoas [sintam que estão] a viajar quando provam o queijo. Estamos a abrir uma pequena janela no coração de Paris para o lado rural da França.”
Os franceses inventaram alguns dos queijos mais consumidos no mundo como o Camembert, Brie, Epoisses du Bourgogne, Roquefort, Ossau Irati, Comte e La Tur. “[O processo] depende de muitas coisas, até mesmo do humor dos animais“, explicou a especialista Agathe de Saint-Exupéry. “Podemos fazer o mesmo queijo todos os dias, e todos os dias ter um sabor diferente.”
A fabricação de queijo é uma atividade que, atualmente, proporciona um bom rendimento. Ainda assim, Brisson refere que é um trabalho produtivo, muitas vezes extenuante, que está a passar por uma acentuada escassez de mão de obra.
“Agora, graças à Ciência, sabemos imensas coisas sobre queijo. Os nossos ancestrais não conheciam esses detalhes, mas, mesmo assim, conseguiram produzir queijos incríveis e desenvolver variadas capacidades de fabricação. Herdamos um know-how desenvolvido durante séculos. Temos a responsabilidade de o manter vivo e continuar a passar para as novas gerações”, salientou.