//

Dívida da Assistência na Doença aos Militares ascende a quase 95 milhões de euros

José Sena Goulão / Lusa

A dívida da Assistência na Doença aos Militares (ADM), gerida pelo Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA), ascende a quase 95 milhões de euros, valor que representa um aumento de 5,5% face aos 90 milhões de euros previstos pelo IASFA para 2018.

A situação de desequilíbrio no sistema de saúde dos militares das Forças Armadas tem vindo a agravar-se já que, desde 2010, a dívida da ADM aumentou 748%, o que pode ser em grande parte explicado pelo desequilíbrio entre receitas e despesas, de acordo com o Correio da Manhã.

O Orçamento do Estado e as quotas dos beneficiários injetam anualmente 73 milhões de euros neste subsistema de saúde, mas os encargos ascendem a 94 milhões de euros por ano.

Para resolver este problema, o Governo criou um grupo de trabalho para apurar o valor exato da dívida e definir um plano de pagamentos a médio prazo. O pagamento será feito a prestações.

Questionado sobre o montante atual da dívida da ADM, o instituto afirmou que os 95 milhões de euros “não tem correspondência com os valores apurados pelo IASFA“. “O montante exato da dívida da ADM encontra-se plasmado na Conta de Gerência do IASFA, de momento em apreciação pelo Tribunal de Contas”, adiantam, apontando que “oportunamente será tornado público o montante.”

Em 2017, a ADM contava com 115.085 beneficiários, a quem são prestados cuidados de saúde. Estes cuidados são prestados no âmbito do Serviço Nacional de Saúde e financiados através do Estado e dos descontos dos beneficiários. Entre os beneficiários titulares da ADM, contam-se 10.293 beneficiários deficientes das Forças Armadas. Destes, cerca de 50% (5147) não descontam para a ADM, considerando também o valor das suas pensões.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.