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Discurso de Marcelo “quebrou a ilusão do país das maravilhas de António Costa”

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Hugo Delgado / Lusa

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, disse esta terça feira que o discurso do Presidente da República, nas comemorações do 5 de outubro, “quebrou a ilusão do país das maravilhas de António Costa”. Já o PS saudou o discurso “de confiança e responsabilidade” de Marcelo Rebelo de Sousa.

“O senhor Presidente da República, no discurso que proferiu pela ocasião do 5 de outubro, quebrou a ilusão do país das maravilhas de António Costa, mostrou-se pessimista quanto à capacidade política deste Governo e apelou à urgência de uma mudança de ciclo”, afirmou o líder do CDS-PP em conferência de imprensa.

Segundo Rodrigues dos Santos, Marcelo realçou “pontos críticos que o CDS há muito tempo vem chamando a atenção”, nomeadamente a ocasião do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “poder configurar-se uma oportunidade perdida na recuperação económica” do país.

O PRR não pode ser monopólio do PS nem do Governo, não pode apenas estar exclusivo à fruição do próprio Estado e deve virar-se para a economia real, as empresas e as famílias”, defendeu o presidente do partido.

O presidente do CDS-PP salientou ainda “a preocupação” do Presidente da República “com a pobreza e as desigualdades”, defendendo que estas “não se combatem apenas com Estado”. No seu discurso durante as comemorações do 5 de outubro, o presidente da recordou que Portugal tem dois milhões de pobres (e alguns mais em risco de pobreza).

É necessário que haja criação de riqueza para que ela possa ser distribuída e para isso é preciso investimento e uma aposta significativa nos ventiladores da nossa economia, que são os nossos empresários”, sustentou Francisco Rodrigues dos Santos.

Para isso, continuou o líder do CDS-PP, “é fundamental que em Portugal haja um clima que diga fundamentalmente o seguinte: trabalhar tem de ser suficiente para as famílias fugirem da situação de pobreza”.

O Presidente da República pediu hoje que se faça do 5 de Outubro uma data viva, com um Portugal mais inclusivo e que entre a tempo no “novo ciclo da criação de riqueza”, aproveitando os fundos europeus.

Marcelo Rebelo de Sousa discursava na cerimónia comemorativa do 111.º aniversário da Implantação da República, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Lisboa.

“Queremos um 5 de Outubro data viva, então criemos um Portugal mais inclusivo, até porque o Portugal que somos nunca vencerá os desafios da entrada a tempo no novo ciclo económico e da multiplicação do conhecimento com dois milhões de pobres e alguns mais em risco de pobreza”, declarou o chefe de Estado.

O Presidente da República salientou que, “superada a pandemia” de covid-19, Portugal tem “nos anos próximos uma ocasião única e irrepetível de reconstruir destinos, de refazer esperanças, de renovar sonhos”.

PS saúda discurso de Marcelo

O secretário-geral adjunto do PS saudou hoje o discurso do Presidente da República em que pediu que se faça do 5 de Outubro de 1910, dia da Implantação da República, uma “data viva” com um Portugal mais inclusivo.

Somos, como o senhor Presidente da República, a favor de uma República viva, o que significa também, no nosso entendimento, que é uma mensagem que co-responsabiliza a cidadania e que reafirma os valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade”, declarou José Luís Carneiro, que falava na Federação do Partido Socialista da cidade do Porto em reação discurso do chefe de Estado.

O Presidente da República pediu no seu discurso que se faça do 5 de Outubro uma data viva, com um Portugal mais inclusivo e que entre a tempo no “novo ciclo da criação de riqueza”, aproveitando os fundos europeus. José Luís Carneiro fez questão de sublinhar que o PS saúda a intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa.

“Uma intervenção, um discurso que queremos saudar, porque ela é uma intervenção de confiança e simultaneamente uma intervenção de responsabilidade”, disse o secretário-geral adjunto do PS.

Tal impões uma “visão do desenvolvimento assente no conhecimento em que cada cidadão, e cada cidadã, possam participar na construção do devir coletivo, procurando uma sociedade que seja mais desenvolvida, que seja mais competitiva, e que seja simultaneamente mais inclusiva”, concluiu José Luís Carneiro.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Estranhamente, os governos democráticos de Portugal e de outros países mais avançados não diminuem as desigualdades sociais; pelo contrário, ampliam-nas. Bastava esta constatação para corarem de vergonha, quando vêm com bazófias… para já não falar do aumento dos sem-abrigo!

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