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Governo pondera abertura das discotecas. “Jovens iriam atrás da vacina”

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Fernando Veludo / Lusa

Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares

Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, admitiu em entrevista ao Público que a reabertura de discotecas poderá coincidir com o momento em que a vacinação passará a estar disponível para maiores de 18 anos, servindo assim de incentivo aos mais jovens.

Duarte Cordeiro considera que já “começa a ser altura de pensar” numa solução para a reabertura de bares e discotecas. Numa entrevista concedida ao jornal Público, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares referiu que o momento pode até coincidir com a vacinação dos maiores de 18 anos.

“Temos de procurar sensibilizar os mais novos para a vacinação. É importante pensar em medidas que permitam associar a liberdade de circulação, de abertura de determinadas atividades com a necessidade de vacinação para também estimular os jovens à vacinação”, afirmou.

Questionado sobre se se poderá aplicar às discotecas, o responsável disse que “é um caminho que faz sentido“. Ainda assim, não se comprometeu com datas.

“Tendo a achar que o momento deveria coincidir com o momento em que a vacinação está disponível para os maiores de 18 anos como o momento em que introduzimos essa medida porque os jovens iriam atrás da vacina para terem uma vida social mais liberta”, explicou o secretário de Estado.

A decisão, no entanto, “tem de ser absolutamente consensual” e tudo depende do cumprimento das metas de vacinação.

Sobre a evolução da pandemia em Portugal, e questionado se já é possível dar aos portugueses “um dia da libertação”, à semelhança do Reino Unido, Duarte Cordeiro disse que, para já, não.

Apesar disso, evidenciou “alguns sinais positivos” e apontou que “está a haver um abrandamento na taxa de crescimento semanal” em Lisboa e Vale do Tejo, que poderá indiciar que o pico nesta região está próximo.

“Se assim for, dificilmente vamos viver períodos tão difíceis como os que já vivemos este ano”, sublinhou Cordeiro.

Liliana Malainho, ZAP //

9 Comments

  1. 1) A vacina anti-Covid não é obrigatória, mas o governo, por vias travessas, está a fazer com que efectivamente o seja, ao permitir a exigência do certificado para que alguém possa aceder a determinados locais. Isso é, pura e simplesmente, anticonstitucional e um atentado à liberdade pessoal de cada um. Qualquer dia pedem o certificado para ir ao supermercado, entrar numa repartição ou para andar nos transportes públicos.
    2) Então, as coisas estão como estão, com a variante indiana a atacar em força e com a OMS a alertar para variantes mais perigosas que aí vêm, e este sr. Duarte Cordeiro vem falar em abertura de discotecas, com tudo ao molho e fé em Deus?!

    • E muito bem.
      “Isso é, pura e simplesmente, anticonstitucional e um atentado à liberdade pessoal de cada um”
      Ou não… também ninguém te obriga a conduzir um carro, mas, para o conduzir, tens que ter carta de condução!
      Eu também queira andar todo nu numa piscina pública (a minha “religião” não permite o uso de roupa), mas não me deixaram… mais um atentado à minha “liberdade pessoal”!…

  2. Pois… o modo absolutamente idiota como é gerida a situação leva-nos a não ter esperança que isto melhore.
    Esta nova geração de políticos é só idiotice…

  3. A mim não me estranha, este D. C. deve estar a precisar dos bares e discotecas abertas, vai cá uma abstinência, onde vamos parar com estes funcionários do Estado, pois quando os bebes choram damos-lhe a chupeta, e assim vai Portugal de mal a pior.

  4. Só vai a discotecas quem quiser, mas haja pelo menos essa hipótese, é preciso deixar viver as pessoas que são responsáveis e querem efetivamente viver. Os mais medrosos podem continuar a ficar em casa, na segurança do seu lar

  5. Alguém me chamou? Sou eu, o beato de Santa Comba! Que escuro que aqui está! Só venho dizer que a mim ninguém me vacina, ninguém me obriga usar máscara nem certificado para entrar numa discoteca (seja lá o que isso for mas cheira-me a antro de perdição). Também nunca precisei de passaporte nem de carta de condução. Nem aliança no dedo alguma vez usei… Se fui feliz? Sou-o mais agora apesar de a diferença não ser muito grande!

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