Dirigente do Chega julgada por falsificar assinatura de mulher morta para burlar ex-sócio

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Gregório Cunha / Lusa

Ana Caldeira terá pedido empréstimo de 6 mil euros para cliente com urgência e prometido retorno de 10 mil euros. Mas a cliente tinha morrido em 2015.

A vice-presidente do Conselho de Jurisdição do Chega está a ser julgada por suspeitas de burla qualificada e falsificação de documentos.

Segundo a investigação divulgada pela SIC Notícias, Ana Caldeira terá tentado enganar um ex-sócio com recurso à assinatura falsificada de uma mulher falecida há dez anos.

O caso remonta a um alegado pedido de empréstimo de 6 mil euros, que Ana Caldeira justificou como sendo para uma cliente em situação de urgência financeira. Para convencer o ex-sócio a entregar o montante, terá prometido um retorno de 10 mil euros no prazo de seis meses.

O acordo foi formalizado através de documentos oficiais, incluindo um contrato de confissão de dívida e um Termo de Autenticação registado na Ordem dos Advogados, assinados em nome de Maria Amélia Martins, a alegada cliente. Mas Maria Amélia Martins morreu em março de 2015.

A dirigente partidária, que também exerce advocacia, devolveu o valor emprestado, mas nunca pagou os juros acordados.

André Ventura garantiu “não ter conhecimento” do caso, mas garantiu, de acordo com a SIC, que haverá consequências internas para a dirigente envolvida, tal como houve para outros visados recentemente dentro do partido.

O líder do Chega também abordou esta quinta-feira o caso de Cristina Rodrigues, acusada de um crime de dano informático pelo Ministério Público. A deputada do Chega terá eliminado milhares de emails quando estava de saída do PAN, em 2020, segundo a Visão. Ventura defendeu que há crimes que são de menor gravidade, mas reforçou que não terá criminosos nas suas listas.

ZAP //

12 Comments

  1. O Chega começa a ser um partido onde alberga potenciais criminosos e condenados.
    O Sr. André Ventura é um desastre a selecionar os seus dirigentes e candidatos a eleições políticas.
    Já começa a ser recorrente esta seleção de potenciais criminosos e condenados pelo Sr. André Ventura.
    Lá diz o ditado popular: “Bem prega Frei Tomás, façamos o que ele diz e não o que ele faz”.

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    • Começa a ser… lol. Andam todos de olhos tapados ou têm todos problemas cognitivos?

      Não se lembram daquela reportagem em 4 partes da SIC sobre o chega e sobre os dinheiros que sustemtam o ‘partido’ e a gente que se infiltrou nele? Um ‘partido’ que só existe graças a assinaturas falsificadas (ficou provado).

      Não abram os olhinhos não.

      • Se anda com os olhos abertos com aquilo que ouve da SIC/Expresso está tudo dito. “(ficou provado).” provado por qual tribunal ??? não me diga que engoliu tudo o que o jornalista Pedro Coelho disse, jornalista muito fofinho com o Bloco de esquerda, PC e Livre (porque será?) Não acredite em tudo o que houve e ache estranho quando determinados média passam o tempo todo a tentar ostracizar o mesmo partido, por detrás disso estão interesses camuflados.

    • Quando começarem a fazer o mesmo escrutínio exaustivo aos outros partidos depressa iram perceber a insignificância destes casinhos que apenas tem como fundamento tentar descredibilizar o Chega.

  2. Começo a pensar que Portugal afinal é um país de gente muito séria e acima de qualquer suspeita.
    Parece que os criminosos estão todos no Chega, e como eles nem são assim tantos…

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  3. Ninguém sabe quem temos como família ou como vizinho. Por normal quem tem que escolher pessoas é pedido o registo criminal (e pode estar tudo bem). A questão é quando se descobre então o que se faz, e nisso o André Ventura não deixa passar.

    Nada desculpa estes casos, mas existe diferença entre roubar 6000 euros ou roubar 6 milhões (ou mais).

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    • Não se iluda grande parte do povo português parece preferir eleger políticos corruptos logo que sejam fofinhos e do seu partido de nascença ou seja vêm um partido como um clube de futebol tudo o resto pouco interessa.

  4. O Chega é um ninho de gentalha sem préstimo, onde a ignorância e o populismo se misturam para alimentar a divisão e o ódio. Não têm visão, nem projetos, apenas procuram semear o caos e manipular os mais vulneráveis para alcançar o poder. A sua agenda é perigosa, alimentada pela intolerância e pela falta de compreensão das complexas realidades sociais.

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