Diplomatas russos da ONU expulsos dos Estados Unidos por suspeitas de espionagem

O. Taillon / Flickr

Sede da ONU em Nova Iorque

Embaixador russo na ONU voltou a acusar a Ucrânia de ter iniciado a guerra, ajudada por países ocidentais.

A escalada de tensão provocada pela guerra na Ucrânia teve implicações em todo o ocidente, com os principais países a imporem sanções à Rússia e ao regime de Vladimir Putin. Hoje, Vasily Nebenzya, embaixador russo nas Nações Unidos, anunciou que 12 membros do seu corpo diplomático foram expulsos dos Estados Unidos, tendo até ao final de março para abandonar o país.

O responsável aproveitou ainda o seu discurso para acusar novamente a Ucrânia por ser a responsável pela guerra, juntamente com o “mundo ocidental“, que acusou de colocar milhares de militares junto às fronteiras e aumentar as provocações.

“Percebemos que isto não nos levaria a lado nenhum, por isso é que começávamos esta operação militar em Donbass, na Ucrânia. Esta guerra não foi começada por nós, estamos a pôr fim a uma guerra que foi começada pela Ucrânia. Muitas vezes foi dito que não iríamos planear uma operação militar em Donbass a não ser que ameaçassem estas repúblicas. Era inevitável o que aconteceu nestas circunstâncias“, afirmou Vasily Nebenzya, em conferência de imprensa.

Olivia Dalton, porta-voz dos diplomatas norte-americanos nas Nações Unidas, justificou a expulsão dos representantes russos com alegados abusos de privilégio de residência nos Estados Unidos para envolvimento em atividades de espionagem.

Nebenzia tem sido um dos principais protagonistas diplomáticos na crise desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, tendo declarado no Conselho de Segurança, enquanto a Rússia iniciava a invasão do país vizinho, que uma invasão nunca teria lugar.

Na sexta-feira, o diplomata russo exerceu o direito de veto – isoladamente e numa votação com três abstenções – bloqueando uma resolução que condenaria a invasão da Ucrânia, e motivando os outros membros do Conselho a pedir uma reunião de urgência da Assembleia Geral sobre a crise de segurança e humanitária ucraniana, que ainda decorre.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.