Um grupo de 149 diplomatas angolanos observou as eleições gerais de 23 de agosto, em Angola, tendo concluído que foram “livres, justas e credíveis”, anunciou este domingo em Luanda o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti.
De acordo com o chefe da diplomacia angolana, para este processo de observação eleitoral, a convite da Comissão Nacional Eleitoral, foram constituídos 8 grupos que cobriram 116 assembleias de voto em 8 municípios da província de Luanda, acrescida da observação também nas províncias de Cabinda, Cunene, Cuando Cubango, Zaire e Benguela.
“Face ao que observou, considera as eleições foram livres, justas e credíveis, premissas que contribuem para o reforço da democracia e coesão nacional”, referiu o ministro Georges Chikoti, na leitura da declaração final da equipa de observadores nacionais do Ministério das Relações Exteriores.
Estes diplomatas angolanos assistiram ainda ao processo de encerramento das urnas e contagem de votos, tendo constatado que foi “rigoroso” e “acompanhado pelos delegados de lista dos partidos concorrentes e observadores”.
“As eleições gerais foram realizadas de acordo com as práticas internacionais e no respeito dos princípios democráticos e direitos políticos consagrados na Constituição da República de Angola e em consonância com a sua lei eleitoral“, declarou Georges Chikoti, que coordenou este grupo de observadores.
Tal como outros observadores, nacionais e internacionais, a equipa de diplomatas reconheceu dificuldades na garantia de alimentação aos técnicos eleitorais presentes nas mesas de voto, bem como dificuldades logísticas no processo de contagem dos votos: “Em algumas assembleias tiveram de recorrer a luz artificial. A contagem foi lenta, mas eficaz”.
Os resultados provisórios, divulgados na sexta-feira pela CNE de Angola, colocam o Movimento Popular de Libertação de Angola, MPLA, na frente da contagem com 61,05%, e 4.115.302 votos, elegendo João Lourenço como próximo Presidente da República.
No entanto, estes resultados preliminares – os finais só serão divulgados depois de 06 de setembro -, com quase 99% das mesas de voto escrutinadas, não são reconhecidos pelos partidos da oposição, que estão a fazer um escrutínio paralelo, com base nas atas síntese e de operações enviadas pelos respetivos delegados às assembleias de voto.
Na contagem anunciada pela CNE, a União Nacional para a Independência Total de Angola, UNITA, conta com 26,72%, chegando aos 1.800.860 votos.
À Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) são atribuídos 639.789 votos (9,49%), com 16 deputados, ao Partido de Renovação Social (PRS) 89.763 votos (1,33%) e dois deputados, e à Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) 61.394 votos (0,91%) e um deputado.
A Aliança Patriótica Nacional (APN) soma 33.437 votos (0,50%), mas ainda insuficiente para garantir um deputado.
// Lusa
Clareo, outra observação, e o padrinho ZEDU punha-os na Jamba a guardar Impalas.
ps: Espero que o comentario seja publicado.
“Diplomatas angolanos” e “livres, justas e credíveis” na mesma frase já dá vontade de rir, quanto mais!…