Dinheiro parado no banco é coisa do passado. Há uma alternativa a ganhar força

Os Certificados de Aforro oferecem uma taxa de juro bastante mais atrativa do que a dos depósitos bancários, que é 11 vezes inferior à dos bancos europeus.

Regra geral, os portugueses continuam a preferir manter o seu dinheiro depositado no banco. Uma solução que acaba por não ser a mais atrativa.

Em média, os bancos portugueses oferecem uma taxa de juro nos depósitos 11 vezes inferior à oferecida nos bancos europeus, avança a CNN Portugal.

Com o anúncio da subida das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE), esperava-se que taxas a que eram remuneradas as poupanças também subissem.

Em média, a taxa de juro a que são remunerados os depósitos até um ano, nos outros países da zona euro, subiu para 0,56% em setembro.

Em Portugal, a taxa subiu apenas para 0,05% — 11 vezes inferior.

“Os créditos estão, na maioria, indexados às taxas Euribor, sobretudo os créditos hipotecários, pelo que o ajuste é imediato nas datas de atualização; já os depósitos não têm nenhum vínculo direto”, explica António Ribeiro, especialista em assuntos financeiros da DECO, em declarações à CNN Portugal.

Há casos em que os depósitos estão indexados à Euribor, mas são muito raros.

Vinay Pranjivan, especialista em proteção do consumidor e serviços financeiros, explica que esta é uma “decisão comercial” e, por falta de concorrência, “o ajustamento pode ser lento sem grandes alterações nos depósitos”.

António Ribeiro entende que a melhor alternativa a manter o dinheiro parado no banco são os Certificados de Aforro. Como está indexada à Euribor a 3 meses, a taxa base bruta de novembro nos Certificados de Aforro foi fixada em 2,492% — uma taxa líquida de 1,79%.

Pranjivan concorda: “No contexto atual, a remuneração superior dos Certificados de Aforro significa que a inflação irá fazer perder menos valor do capital aplicado, comparando com uma aplicação em depósitos, cuja remuneração é de quase 0%”.