A tartaruga centenária Diego contribuiu para que a população da espécie Chelonoidis hoodensis chegasse aos dois mil, depois de ter estado em risco de extinção.
Diego vai regressar à sua ilha de origem em Galápagos em março, depois de concluir o programa de reprodução em cativeiro na ilha de Santa Cruz, junto à costa da Califórnia, nos Estados Unidos.
De acordo com o Diário de Notícias, o fim do programa “inclui a devolução dos 15 adultos reprodutores”, entre os quais está Diego, um supermacho da espécie Chelonoidis hoodensis pai de, pelo menos, 40% das crias que atualmente estão na ilha Espanhola, de onde é originário, informou o Parque Nacional Galápagos (PNG). Diego será o pai de cerca de 800 tartarugas.
Assim como Diego, voltarão à ilha Espanhola em março 12 fêmeas e dois machos, com os quais o Parque iniciou o programa de reprodução em meados da década de 1960 na ilha de Santa Cruz.
Desde o início do programa, a população desta espécie aumentou, chegando agora a dois mil espécimes. “Foram devolvidas cerca de 1.800 pequenas tartarugas a Espanha. E agora, contando com a reprodução natural, temos aproximadamente duas mil tartarugas”, disse à AFP Jorge Carrión, diretor do parque.
Diego, a tartaruga pinga-amor, regressa à sua ilha de origem quase oito décadas depois de ter sido retirada. Esta tartaruga macho “providenciou grande parte da linhagem que estamos a devolver à ilha Espanhola” e existe um sentimento de “felicidade ao ter a possibilidade de devolver esta tartaruga a seu estado natural”, comentou Carrión.
O diário adianta que, antes de regressarem à ilha, as tartarugas deverão passar por uma quarentena para evitar que levem com elas sementes que não são endémicas da ilha Espanhola.
O Parque Nacional Galápagos vai manter o programa de reprodução em cativeiro para outras quatro espécies das ilhas Floreana, São Cristóvão e Isabela, que integram o arquipélago.