O jornal Diário Económico publica esta sexta-feira a sua última edição em papel, passando a funcionar apenas na edição ‘online’ e como canal de televisão.
Sai hoje pela última vez a edição em papel do jornal Diário Económico, impressa há 26 anos na característica cor salmão popularizada pelo jornal de economia britânico Finantial Times.
A decisão de suspender a publicação do jornal em papel foi comunicada em plenário aos trabalhadores pelo administrador Gonçalo Faria de Carvalho, que prometeu apresentar esta sexta-feira mais pormenores sobre o futuro do grupo.
A notícia foi divulgada, em primeira mão, pela edição online do Expresso, e confirmada mais tarde à imprensa por fonte da redacção do jornal do grupo Ongoing.
Segundo a mesma fonte, Gonçalo Faria de Carvalho transmitiu aos trabalhadores que não afasta a possibilidade de, depois de uma reorganização, voltar a ser retomada a publicação do jornal em papel.
No passado dia 10 de março, os trabalhadores do Diário Económico realizaram uma greve de 24 horas para reivindicar o pagamento dos salários em atraso, pois “apesar da violação de que são alvo” em relação “a um direito elementar”, os trabalhadores “têm assegurado o regular funcionamento da empresa”-
Entretanto, dois dias antes da greve, a direção editorial do Económico apresentou a demissão do cargo, tendo o administrador Gonçalo Faria de Carvalho afirmado na altura, em comunicado interno, que iria procurar encontrar “com a maior brevidade possível” uma alternativa para a condução do projeto.
A 2 de março, a Ongoing Strategy Investments, ‘holding’ do grupo de Nuno Vasconcellos que detém o Diário Económico, avançou com um PER, Plano Especial de Revitalização de empresas, devido às dificuldades financeiras, tendo sido nomeado já um administrador judicial provisório.
A situação financeira do jornal, com um passivo de 30 milhões de euros acumulado nos últimos anos, agravou-se dramaticamente em dezembro, depois de uma penhora do fisco às receitas do jornal, admitiu o diretor Raul Vaz
O título Económico, incluindo televisão e jornal, emprega cerca de 138 pessoas.
ZAP