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Dezenas de Porsches afundam-se em naufrágio no Oceano Atlântico

(h) MARINE NATIONALE / EPA

A Porshe confirmou que a bordo do cargueiro italiano Grande America, que se incendiou e afundou ao largo da costa francesa, a 13 de março, seguiam 37 carros da sua marca.

Destes, incluem-se quatro dos seus exclusivos modelos 911 GT2 RS, que agora estão todos no fundo do mar, a cerca de quatro mil metros de uma profundidade, tal como toda a restante carga do navio, que incluía 45 contentores com substâncias perigosas, como ácido sulfúrico e ácido clorídrico.

Além do GT2 RS, também existiam unidades dos modelos 718 Cayman, Boxter e Cayenne. Do conjunto de veículos, ainda estavam vários modelos da Audi, como o A3, A5, RS4, RS5 e Q7, na sua maioria veículos bem acima dos 50 mil euros – é provável que o valor de mercado dos veículos perdidos seja superior aos 150 milhões de euros.

O combustível do navio espalhou-se, entretanto, na zona, e causou uma mancha de poluição no mar com cerca de 10 quilómetros, que as autoridades francesas continuam ainda a tentar limpar.

Os Porsches seguiam de Hamburgo para o Brasil, para o porto de Santos, onde deviam ser descarregados, para serem entregues aos clientes. A empresa já contactou, entretanto as pessoas que adquiriram os automóveis e que os deviam ter recebido, para informar que vai produzir novos carros para os clientes lesados.

A Porsche já não fabrica os modelos 911 GT2 RS, mas dadas as circunstâncias, a empresa informou os clientes de voltará à sua produção na sua fábrica de Hamburgo, prometendo ainda que os automóveis deverão estar prontos em abril, para serem entregues no Brasil em junho. Cada um destes carros de luxo custa 267 mil euros.

O Grande America incendiou-se no mar, a cerca de 300 quilómetros da costa francesa, a 10 de março e acabou por se afundar três dias depois. Todos os 27 tripulantes a bordo foram resgatados. Embora não tivessem ferimentos graves, alguns precisaram de tratamento hospitalar.

Os marinheiros do HMS Argyll demoraram oito horas para salvar todas as pessoas a bordo do navio mercante de 28 mil toneladas no Golfo da Biscaia, depois da carga do navio de contentores repletos de carros ter pegado fogo. A tripulação a bordo do navio tentou combater as chamas, mas foi forçada a abandoná-lo, subindo para botes salva-vidas apesar das ondas de 5 a 6 metros no mar à noite.

ZAP //

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