A Austrália anunciou esta segunda-feira terem sido detetados novos sinais “compatíveis” com os emitidos pelas caixas negras dos aviões, durante as operações de busca pelo Boeing 777 da Malaysia Airlines, desaparecido a 8 de março.
O navio da marinha australiana Ocean Shield – equipado com um localizador de caixas negras – “detetou sinais compatíveis com os emitidos pelas caixas negras dos aviões”, declarou Angus Houston, chefe australiano da missão, cujo centro de coordenação tem sede em Perth, no oeste da Austrália.
“Esta é a pista mais promissora até ao momento e a melhor informação de que dispomos”, afirmou o antigo chefe da Defesa australiana, renovando os seus apelos à prudência, uma vez que não foi confirmada qualquer relação com o voo MH370.
Segundo Angus Houston, foram captados dois sinais: o primeiro durou duas horas e 20 minutos e o outro 13 minutos.
O Ocean Shield tenta captar agora novos sinais para “fixar a localização” antes de ativar o submarino não tripulado que transporta para confirmar a presença do avião nesta zona a cerca de 4.500 metros de profundidade.
“Esta profundidade coincide com o limite [de atuação] do submarino. Devo advertir que poderão ser necessários dias para determinar se existe alguma relação com o MH370”, explicou o responsável.
Angus Houston detalhou ainda que os pontos onde se encontram atualmente o navio chinês Haixun 01 (que detetou sinais idênticos na sexta-feira e no sábado) e o Ocean Shield, separados por cerca de 550 quilómetros, coincidem com os extremos sul e norte, respetivamente, da zona delimitada de buscas.
Doze aviões, incluindo nove militares, e 14 barcos patrulhavam esta segunda-feira o Oceano Índico, a cerca de dois mil quilómetros da costa ocidental da Austrália, na tentativa de encontrar destroços do Boeing num amplo perímetro de 234 mil quilómetros quadrados.
/Lusa