O desemprego em Portugal deverá manter a tendência de queda iniciada em 2013, chegando aos 10,1% em 2019, de acordo com as estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) expressas num relatório divulgado na segunda-feira à noite.
Daqui a quatro anos, a taxa de desemprego deverá, assim, descer para níveis de 2010 (10,8%), com o desemprego jovem a registar a maior percentagem (23,6%) entre o número total de desempregados, segundo o relatório “Perspetivas Sociais e de Emprego no Mundo – Tendências 2015”.
Numa análise por géneros, em 2019, a taxa de desemprego entre o sexo masculino deverá ser de 9,8% e, entre o sexo feminino, de 10,4%, segundo a OIT.
Para 2015, a Organização do Trabalho prevê para Portugal uma taxa de desemprego de 13,1%. Do total de desempregados, os jovens serão os mais penalizados (32,4%), seguindo-se as mulheres (13,3%) e, por fim, os homens (12,9%).
O relatório salienta igualmente que Portugal foi, em 2014, um dos países com a taxa de desemprego de longa duração mais elevada na União Europeia, com 62,4%, a par de países como a Grécia (74,4%) e a Itália (62,7%).
No caso concreto da zona euro, e para inverter a tendência, a OIT defende que as instituições bancárias devem apoiar a economia real, em particular, as pequenas empresas, bem como a promoção de políticas de emprego e fiscais que reduzam as desigualdades.
Numa perspetiva mundial, a OIT prevê o agravamento do desemprego nos próximos cinco anos, afetando mais três milhões de pessoas este ano e mais oito milhões nos quatro anos seguintes, como consequência da lenta recuperação do emprego e da instabilidade social, o que agrava as desigualdades, a pobreza e a exclusão social.
Segundo a Organização, para compensar a destruição de postos de trabalho causada pela crise económica terão de ser criados 280 milhões de novos empregos até 2019.
/Lusa
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