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Descontos de 50%… em marcas de luxo

E a “culpa” é da China (e ainda da pandemia…). Versace, Burberry ou Marc Jacobs estão com descontos até metade do preço.

Quando a economia chinesa abala, todo o mundo pode abalar. A nível económico, claro.

As fortes restrições do Governo de Pequim relacionadas com a COVID-19 não foram recuperadas – o suficiente – ao longo do último ano e meio.

O crescimento económico não é como era, o sector imobiliário está a vacilar, a procura baixou, consumidores pouco confiantes, muitos chineses até nem conseguem emprego (sobretudo jovens) ou suprir necessidades básicas.

Os problemas económicos na China chegam ao mais pobre chinês e às mais ricas empresas. Noutra escala.

O jornal Financial Times avisa que este panorama negro já atinge grandes marcas de luxo, como Burberry e Hugo Boss.

Isto porque a classe baixa da população chinesa não é a única a passar por dificuldades. Também os da classe média-alta, muitos por causa da crise imobiliária, estão a comprar menos produtos caros.

Os ingleses da Burberry, que vendem roupas, acessórios ou perfumes de luxo, viram as vendas caírem 21% ao longo do segundo trimestre deste ano. Dividendos suspensos, director demitido.

Já na Alemanha, a Hugo Boss – dentro do mesmo ramo – baixou as previsões de vendas anuais e admite desempenho mais complicado ao longo dos últimos meses: queda de 42% nos lucros entre Abril e Junho.

Um nome logo associado a relógios, Swatch, também quebrou: as vendas caíram 14,3% ao longo do primeiro semestre deste ano. E não escondeu que a pressão no mercado chinês foi essencial neste número.

Como destaca o The Next Big Idea, neste cenário, as marcas têm que baixar os preços. Caso contrário, não há negócio.

E os descontos apareceram mesmo: a Versace e a Burberry estão a anunciar descontos de até 50% nos seus produtos na China – já depois dos descontos de 30% ou 40% no ano passado.

Há poucas semanas, a Marc Jacobs tinha malas, roupas e sapatos a metade do preço habitual.

Já a Bottega Veneta estava a conceder um empréstimo sem juros de 2 anos para comprar malas.

Louis Vuitton, Hermès e Chanel não seguem esta tendência de saldos.

ZAP //

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