O crescimento económico sem paralelo ficou no passado. E quando o presidente admite que há dificuldades…
A China era vista como o país que dominava a economia mundial.
Há décadas que o crescimento económico era visível, provavelmente numa tendência sem paralelo no resto do planeta.
Mas há sinais que indicam que essa era está a chegar ao fim e o seu impacto está a repercutir-se em todo o mundo.
Já tínhamos partilhado aqui erros centrais que levaram ao declínio recente.
A China só pensava em dinheiro, só via desenvolvimento económico à frente; e foi cometento erros políticos: enorme bolha no mercado imobiliário, dívidas enormes em várias províncias, falta de transição para economia de mercado e dependência excessiva do investimento.
É uma fase de deflação, de falta geral de procura interna, de menos exportações, de crescimento mais lento.
É uma crise financeira que – embora com outras palavras – foi admitida pelo próprio presidente.
E quando Xi Jinping admite algo… É porque algo está mesmo a correr riscos.
No balanço de 2023, no domingo passado o presidente admitiu que “algumas empresas tiveram um ano difícil”.
“Algumas pessoas tiveram dificuldade em encontrar emprego ou em suprir necessidades básicas“, afirmou o presidente.
São “ventos contrários” admitidos pelo presidente da China.
Foi a primeira vez que admitiu dificuldades económicas numa mensagem de Ano Novo, lembra a CNN.
Apesar desta espécie de confissão, não se prevê que algo mude em breve: o Governo da China não gastou dinheiro (e não parece ter vontade para gastar dinheiro) em programas sociais para a sua população envelhecida, nem fez qualquer tentativa para resolver o custo de vida das famílias jovens.
Os menos jovens e o nível de vida dos mais jovens não são prioridade para os responsáveis políticos em Pequim.
Xi Jinping continua a dar prioridade na disputa tecnológica e de segurança nacional com os EUA.
Além disso, na maioria do seu discurso o presidente da China engrandeceu os sucessos do país asiático: avanços nas indústrias sustentáveis o regresso aos bons níveis do turismo.
Os economistas citados no Insider admitem mais uma queda económica na Primavera deste ano “devido a um sector imobiliário vacilante, ao enfraquecimento da procura, à diminuição da procura externa, excesso de capacidade em alguns sectores “verdes” e ventos contrários geopolíticos persistentes”.
Um gigante com pés de barro….
É altura do Ocidente começar a colocar a China no seu lugar. Deixar de comprar produtos chineses. Aliás a maior parte do que lá se fabrica são produtos de pessima qualidade e roubos de tecnologia do ocidente. Eles que façam negocios com os russos para desenvolver a sua economia já que são tão seus amigos