Deputado do Chega dá “última oportunidade” ao Governo dos Açores (com aval de Ventura)

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Nuno Veiga / Lusa

O presidente do Chega, André Ventura, na II Convenção Nacional do partido

O deputado único do Chega no Parlamento regional dos Açores, José Pacheco, vai dar uma “última oportunidade” ao Governo do Arquipélago, liderado pelo PSD, para alcançar um acordo que viabilize o Orçamento para o próximo ano. Até quarta-feira da próxima semana se saberá se “sim ou sopas”.

José Pacheco, o deputado único do Chega no Parlamento regional dos Açores, assegura que ainda “nada está fechado” quanto às negociações com o PSD para manter firme o Governo do Arquipélago.

Depois de André Ventura ter anunciado que o Chega retiraria o apoio ao Governo dos Açores liderado pelo PSD, José Pacheco garante, agora, que houve “passos positivos nos últimos dias”, como cita o Observador.

“O diálogo está a decorrer finalmente e esta é a verdadeira democracia, assente no diálogo”, vinca o deputado. “Estamos a fazer uma caminhada que, neste momento, considero positiva. Mas ainda com muito espaço em aberto e arestas para limar“, reforça.

Assim, o deputado do Chega não dá como garantido o voto contra ao Orçamento para o próximo ano. “Ainda estamos em conversações. Espero que até ao final de quarta-feira possamos dizer ‘sim ou sopas'”, aponta José Pacheco.

Mas “a concretizar-se” um acordo e o voto favorável ao Orçamento, será “uma prova de que é possível governar com o apoio do Chega“, nota José Pacheco em jeito de recado ao PSD nacional. O Chega “cumpre escrupulosamente os seus acordos, desde que a outra parte cumpra escrupulosamente aquilo com que se comprometeu”, frisa ainda.

Quanto àquilo que estará em negociação com o Governo do PSD, José Pacheco esclarece que o Chega “não abdica” de “metas temporais” como “o custo da máquina do elenco governativo” que “precisa de ser reduzido quanto antes”.

Além disso, José Pacheco defende a “redução do endividamento da região” e “uma melhor e mais eficaz fiscalização” da atribuição do Rendimento Social de Inserção.

Por outro lado, o deputado pretende arrancar com um gabinete anti-corrupção em Dezembro, e garantir que o Chega tem “um papel activo na sua orgânica”.

Negociações decorrem com o apoio de Ventura

José Pacheco também dá a entender que a sua posição terá o suporte de André Ventura. “Eu falo todos os dias com o meu presidente nacional”, salienta José Pacheco.

Contudo, José Pacheco salienta que, apesar do respeito que tem pelo líder do Chega, só “aceitou o cargo no pressuposto de ter autonomia”, como cita a SIC Notícias.

Há alguns meses, o outro deputado eleito pelo Chega para o Parlamento dos Açores, Carlos Furtado, passou a não-inscrito após alegadas divergências com o Chega nacional.

ZAP //

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2 Comments

  1. Nada está fechado enquanto à vida política. Ora, só não há solução para a morte. Há sempre mais oportunidades para o “Reversível” das opiniões irreversíveis do momento. As pessoas podem não mudar, mas as opiniões e as decisões mudam no contexto… Grande deputado Pacheco do partido CHEGA do Governo da RAA!

  2. Ao tomar a decisão de não aprovar o Orçamento não correrá o CHEGA o risco de começar a ser considerado apenas um partido de contestação, tal como acontece com os partidos de extrema-esquerda?

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