General defende o regresso imediato de todos os ucranianos que fugiram do país e que podem combater.
Mais de 6 milhões de ucranianos deixaram o seu país natal ao longo dos últimos dois anos, desde que a Ucrânia foi invadida pela Rússia. E não voltaram.
Numa altura em que a Ucrânia precisa de mais soldados, em que se fala de uma nova mobilização em massa, levanta-se a possibilidade do regresso dos ucranianos que fugiram do país.
A idade média de um soldado na frente é superior a 40 anos e há escassez de novos voluntários. É preciso gente nova e jovem.
Há cerca de duas semanas o general Waldemar Skrzypczak disse na rádio TOK FM: “Precisamos de chegar aos cidadãos ucranianos que estão no exílio”.
E lançou a proposta aos líderes de outros países: “Esta deve ser uma iniciativa dirigida aos governos de Varsóvia, Paris, Praga e onde quer que estejam. Estes governos deveriam ajudar Kiev a realizar a deportação“.
Ou seja, o general sugeriu a deportação de todos os ucranianos (em condições de combater) que vivam em países da União Europeia.
Porque, reforçou, a Ucrânia está a ficar sem soldados.
Cerca de duas semanas depois surge uma reacção oficial. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia sabe qual seria a “solução ideal”.
“No que diz respeito às questões relacionadas com o recrutamento militar de ucranianos que permanecem no estrangeiro, incluindo em território polaco, estamos cientes da situação actual e do problema que representa para o lado ucraniano”.
“Estamos a considerar como podemos apoiar o lado ucraniano. Acreditamos que o solução ideal seria regular estas questões a nível europeu”, indica o Governo num comunicado enviado ao portal Onet.
O Ministério da Administração Interna não está a realizar qualquer processo no sentido de enviar ucranianos para a Ucrânia.