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Depois das cheias, Alemanha tem outra luta em mãos: limpar montanhas de lixo

Friedemann Vogel / EPA

Foram as cheias mais devastadoras da Alemanha nos últimos 60 anos, mas os problemas não acabaram com as chuvas. O país terá agora de lidar com montanhas de lixo, frigoríficos estragados e carros destruídos, amontoados nas bermas das estradas e em lixeiras improvisadas.

milhares de toneladas de destroços espalhados pelas cidades e aldeias do estado da Renânia-Palatinado, após o dilúvio de 24 horas. A Reuters escreve que a eliminação do lixo pode levar semanas e os governantes locais já solicitaram ajuda.

De acordo com a agência noticiosa, a maior parte do lixo foi empilhada, para que as ruas sejam transitáveis, ou abandonada em lixeiras improvisadas. Hans-Peter Bleken, habitante da cidade de Bad Neuenahr-Ahrweiler, disse que a operação de limpeza liderada pelos bombeiros e pelo exército tem sido uma “ajuda brilhante”.

“O próximo grande problema vão ser as enormes pilhas de lixo doméstico”, disse à Reuters, contando que o mau cheiro provocado pela comida apodrecida está em todo o lado.

“Derrotámos a covid-19, mas se agora apanharmos estas bactérias, os ratos e mais vírus, então esse será o nosso problema”, acrescentou.

“O maior desafio é a enorme quantidade de resíduos de grande dimensão”, disse, por sua vez, Anna Ephan, porta-voz da Remondis, a maior empresa privada de gestão de resíduos na Alemanha. “São quantidades inconcebíveis.”

O chefe do governo de Renânia do Norte-Vestfália, Armin Laschet, afirmou, na quinta-feira, que “não será possível eliminar todos os resíduos a nível local”. “Precisamos de uma ajuda maior.”

Colónia, a maior cidade do estado, lançou um apelo no Facebook para ajudar a eliminar “quantidades inimagináveis” de lixo. “Os bairros e as famílias afetadas precisam de apoio urgente para enfrentarem rapidamente esta missão, uma vez que a nossa infra-estrutura existente já está esgotada”, lê-se no comunicado.

Bernhard Schodrowski da BDE, associação da indústria de gestão de resíduos, alertou para os enormes desafios no armazenamento do lixo em segurança para minimizar o risco de doenças. “Temos esperança, mas será uma questão de semanas até conseguirmos dominar este desafio”, disse.

ZAP //

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