Trump anuncia a demissão do seu polémico “ministro” do Ambiente

gageskidmore / Flickr

Scott Pruitt, ex-dirigente da Agência de Proteção de Ambiente dos EUA

O Presidente norte-americano anunciou, esta sexta-feira, a demissão do seu “ministro” do Ambiente, muito controverso devido à sucessão de escândalos ligados ao seu nível de vida e à sua utilização de fundos públicos.

“Aceitei a demissão de Scott Pruitt do seu posto de dirigente da Agência de Proteção de Ambiente (EPA)”, indicou Donald Trump numa mensagem divulgada no Twitter.

Esta demissão foi o culminar de meses de especulação sobre o destino de Pruitt, que teve a missão de destruir o balanço ambiental do anterior Presidente, Barack Obama.

Saudando o “trabalho excecional” que, na sua opinião, Pruitt realizou, Trump não deu qualquer indicação sobre as razões da demissão, nem mencionou os vários inquéritos que se centram neste antigo procurador-geral do Estado do Oklahoma.

Desde a sua tomada de posse em fevereiro de 2017, Scott Pruitt parece ter-se aproveitado da sua função para melhorar o nível de vida e o da sua família, violando várias leis federais e punindo os subordinados que levantassem questões ou não se mostrassem suficientemente leais, na sua opinião, como foi divulgado pelos meios de comunicação social norte-americanos.

Tudo começou por despesas de viagens excessivas, em primeira classe ou em aviões fretados às custas do contribuinte, ao contrário do que consta nas regras governamentais.

Depois descobriu-se o número pletórico de guarda-costas que o acompanhavam, 24 horas sobre 24 horas, mesmo no estrangeiro, por um custo que praticamente duplicou o dos seus antecessores.

Pruitt mandou também instalar uma cabina telefónica nos seus escritórios de Washington, por 43 mil dólares, uma soma que foi considerada excessiva.

Trump adiantou que Andrew Wheeler, o número dois da EPA, vai garantir a transição. Segundo o Expresso, não se deverá afastar da linha seguida por Pruitt no que ao ambiente diz respeito.

Wheeler já foi lobista para várias empresas de extração de carvão, tendo trabalhado, até ao ano passado, na Murray Energy Corporation, a maior empresa de extração de carvão dos EUA e um dos maiores opositores aos planos de Obama para regular de forma mais restritiva as emissões das centrais, escreve o semanário.

Antes disso, o novo responsável pela Agência de Proteção de Ambiente trabalhou para Jim Inhofe, senador republicano pelo Oklahoma que considera que ensinar ciência ambiental é fazer “lavagem cerebral”.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.