Victoria deixou Wall Street para ir para a guerra na Ucrânia. É parecido

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Victoria Honcharuk / Instagram

Victoria Honcharuk

A jovem Victoria Honcharuk tinha ambições no mundo dos negócios mas preferiu ajudar os seus compatriotas.

Deixou Wall Street para trabalhar num grande banco? Não.

Deixou Wall Street para trabalhar numa importante empresa tecnológica? Também não.

Victoria Honcharuk deixou Wall Street para ir para a guerra na Ucrânia.

A sua história de vida ganhou destaque no jornal Pravda.

Era ainda adolescente quando foi estudar para os Estados Unidos da América.

Estudou ciência da computação e estatística, e ainda negócios e finanças. Com mais interesse na mistura de estatística com ciência de dados aplicada em negócios e finanças.

Enquanto estudava, Victoria começou a trabalhar. Passou por startups como analista de investimentos, analista de dados e gerente financeira.

Já depois de ter acabado os estudos, no ano passado foi trabalhar para um grande banco. Estava em Wall Street.

A guerra na Ucrânia começa e toda a sua família vai para a linha da frente, para ajudar de alguma forma.

Victoria Honcharuk é ucraniana.

Também tentou ajudar os seus compatriotas, à distância, sendo voluntária numa organização não governamental britânica. Juntava donativos e enviava ajuda médica para o terreno – a sua irmã trabalha na evacuação médica.

Há cerca de um ano sentiu que o que estava a fazer não chegava: deixou os EUA e foi para a Ucrânia.

Sabia que iria sair do seu escritório quente e espaçoso para, possivelmente, viver “ao ar livre e numa poça, sem comer”. Mas não pensou duas vezes.

Deixou os números e passou a ser paramédica – teve formação oficial para ser paramédica, além de aprender com a sua irmã. O resto é experiência na linha da frente.

Esteve em Avdiivskyi, está em Bakhmutsky. É a chefe do seu grupo. Está numa espécie de grupo de assistência aos médicos militares que foram mobilizados para o local: “Vamos para o campo de batalha, pegamos nos soldados feridos e entregamos os feridos a médicos experientes”.

Ao longo deste ano, passou por momentos muito complexos: “Estamos sob fogo de artilharia e temos que decidir: sair dali, encontrar abrigo, não evacuar… É uma escolha entre evacuar os feridos ou fugirmos das bombas”.

Hoje, agradece os dias duros que passou em Wall Street: “Lá, se o inimigo ataca, não dormimos; trabalhamos. Aqui é a mesma coisa”.

Além disso, como viajou por diversos países, ficou vacinada: “Eu morei na Índia, na Coreia, tenho todas as vacinas. Posso adaptar-me rapidamente. Não preciso de muito para me sentir confortável”.

Além de ser paramédica, Victoria também participa em projetos de tecnologia militar com programadores ucranianos. Quer que a Inteligência Artificial seja mais utilizada a nível militar pelos ucranianos.

ZAP //

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