Tiago Petinga / Lusa
Valor fica 3500 milhões abaixo dos 1,9% projetados pelo Governo no Orçamento do Estado.
O défice de 2022 situou-se nos 0,4 do PIB, anunciou o Instituto Nacional de Estatística. O valor fica consideravelmente abaixo das previsões iniciais do Governo — 1,9% — e do que António Costa já havia estimado este ano — 1,5%.
Este valor fica 3500 milhões de euros abaixo dos 1,9% projetados, mas representa um saldo negativo das Administrações Públicas na ordem dos 944,4 milhões de euros — em 2021, o mesmo indicador foi de 6.215,5 milhões de euros.
Os dados divulgados indicam ainda que o rácio da dívida pública no PIB diminuiu de 125,4% em 2021 para 113,9% em 2022. Também aqui as previsões do Governo falharam, mas a realidade provou-se positiva: as projeções apontavam para um rácio de da dívida pública de 115% do PIB em 2022.
Os dados do INE indicam ainda que, no ano passado, a receita das Administrações Públicas cresceu 10,2%, ao passo que a despesa aumentou 4,4%.
“O aumento da receita decorreu, essencialmente, da evolução positiva da receita fiscal e contributiva, refletindo a recuperação da atividade económica e do mercado de trabalho face a 2021, ainda condicionado pelo contexto pandémico”, explica o organismo.
No que respeita à despesa, o INE escreve que, em 2022, os números refletem “os efeitos de algumas medidas de política pública no contexto da pandemia da covid-19, em grau inferior ao observado nos dois anos anteriores.
E se aumentassem um pouco mais os impostos, morriamos à fome e ficava défice 0…
Engraçado…queixam-se dos lucros dos bancos, da distribuição alimentar, das petrolíferas…mas vejo pouca gente a queixar-se do enorme saque fiscal conduzido pelo Estado!!!
É que o fenómeno que esteve por trás de tudo isto foi o mesmo: aumenta-se a base, aumenta-se a receita para uma mesma margem / taxa média de impostos. Nuns casos é inaceitável (banca, distribuição…), noutros (Estado) é um feito?!?!?