Ursula von der Leyen / X

Reunião de líderes europeus
Novo máximo histórico das grandes empresas do sector aeroespacial e da defesa. Atenção ao estado social.
A Europa está a “tremer”. Provavelmente, é o período de maior incerteza económico-militar no continente desde a II Guerra Mundial.
Os EUA reuniram com a Rússia nesta terça-feira e, mesmo tendo falado sobre a guerra na Ucrânia, nenhum representante ucraniano esteve presente. E nenhum representante da União Europeia foi chamado.
Ursula von der Leyen já avisou que a segurança da Europa “está num ponto de viragem”. E até admite que os gastos com a Defesa podem ficar fora das regras orçamentais europeias; ou seja, a Defesa não teria os limites que outros sectores têm.
Emmanuel Macron, presidente de França, convocou uma reunião de urgência com a presença de diversos líderes europeus, incluindo António Costa.
Entretanto, quem está a atingir máximos históricos na economia são as grandes empresas europeias do sector aeroespacial e da Defesa, destaca o Expresso.
Na segunda-feira, no índice Stoxx 600, a Saab AB subiu 16,17%, a Rheinmetall 14,03%, a Leonardo subiu 8,14%… Além de BAE Systems ou Thales, todas com subidas raras, e todas ligadas à Defesa, ao sector aeroespacial ou à tecnologia.
É fácil perceber estes números. Helena Garrido considera que os países europeus vão gastar “muito mais e rapidamente” em Defesa nos próximos tempos.
Na Antena 1, a especialista em economia avisa que, neste contexto, “vão cair por terra muitos princípios éticos de governação”: as empresas mencionadas eram sempre discretas até aqui, não justificavam investimentos dos fundos que têm princípios mais éticos e “verdes”.
Mas isso vai mudar – os fundos e os bancos “vão ceder a esta emergência”.
Porque estamos a assistir a uma “mudança muito rápida no mundo que nos rodeia, é a maior mudança desde a II Guerra Mundial. É uma mudança que nunca vimos, com impactos imprevisíveis, nomeadamente no nosso modo de vida, como o estado social. Não vai ser fácil não pôr em causa o estado social. Vivemos tempos muito difíceis”.