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Os dois países concordaram esta terça-feira em “começar a trabalhar numa via para pôr fim ao conflito na Ucrânia o mais rapidamente possível, de uma forma que seja duradoura, sustentável e aceitável para todas as partes.
Na muito aguardada reunião entre EUA e Rússia desta terça-feira, na Arábia Saudita, o lado norte-americano confirmou que este foi apenas “o primeiro passo de uma longa e difícil jornada” para o fim da guerra.
Os enviados de Trump procuraram reforçar, através de Mike Waltz, o desejo do seu novo presidente: avançar muito rapidamente nas conversações sobre um potencial acordo de paz na Ucrânia. Waltz reforçou ainda que é a Europa que deve liderar o processo de garantias de segurança após um eventual acordo de paz.
Mas todos os envolvidos no conflito na Ucrânia têm de estar de acordo com a solução para lhe pôr termo, reforçou o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.
O negociador russo Kirill Dmitriev disse à Reuters, já depois de falar com os funcionários norte-americanos, que ainda é muito cedo para falar de compromissos, mas que os dois lados começaram a ouvir-se mutuamente.
Apesar de tudo, avança a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce os dois países concordaram esta terça-feira em “começar a trabalhar numa via para pôr fim ao conflito na Ucrânia o mais rapidamente possível, de uma forma que seja duradoura, sustentável e aceitável para todas as partes.
Putin decide quando discutir paz
As conversações entre a Rússia e os EUA sobre a Ucrânia terão início “em devido tempo” numa altura a decidir por Vladimir Putin, afirmou um dos diplomatas russos presentes na reunião, citado pelo The Guardian.
“Estamos prontos para isso, mas ainda é difícil falar sobre uma data específica para a reunião dos dois líderes”, disse ainda, citado pela agência AP.
Agora, a Rússia irá aguardar que os EUA confirmem os seus representantes para as conversações, para depois nomear os seus próprios representantes, adiantou o ministro dos negócios estrangeiros Sergiei Lavrov, confirmando que os dois países concordaram em avançar o mais rápido possível nas negociações de paz.
“Abordar os problemas que irritam”
Os dois países combinaram também “normalizar o funcionamento das respetivas missões diplomáticas”, criando um “mecanismo de consulta para abordar os problemas que irritam a relação bilateral“.
“Lançar as bases para uma futura cooperação em questões de interesse geopolítico mútuo e oportunidades históricas económicas e de investimento que surgirão de um fim bem sucedido do conflito na Ucrânia” também está nos objetivos.
As autoridades norte-americanas e russas tiveram ainda discussões separadas sobre a futura cooperação económica, incluindo os preços globais da energia.
Jornalistas disseram ter sido “rapidamente expulsos” do local, e acusaram os diplomatas dos dois países de ignorar as perguntas dos repórteres que perguntavam se Washington estava a deixar a Ucrânia.
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— Hümeyra Pamuk (@humeyra_pamuk) February 18, 2025
O enviado de Donald Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg, vai deslocar-se a Kiev esta noite.
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