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Sabe de que cor é a Estátua verde da Liberdade?

Tono Balaguer / Canva

Estátua da Liberdade, em Nova Iorque, símbolo dos EUA

A Estátua da Liberdade, inicialmente cor de cobre, transformou-se, ao longo dos últimos 137 anos, no icónico tom azul-esverdeado que hoje conhecemos. Sabe de quem é a culpa? Do oxigénio, da água, do enxofre e do cloreto.

A Estátua da Liberdade é um dos símbolos mais poderosos do Mundo.

Quando o monumento foi concluído, em 1886, a estátua tinha uma cor… e não era o azul-esverdeado que hoje lhe conhecemos.

Uma movimento recente, que está a ganhar muitos seguidores nas redes sociais, exige a limpeza da Estátua, para que todos fiquem a conhecer a sua verdadeira tonalidade.

Como é explicado num vídeo no canal de YouTube da American Chemical Society, originalmente, quando foi oferecida aos EUA por França, a Estátua da Liberdade tinha cor de cobre.

“Nas suas primeiras décadas na Big Apple, a estátua foi lentamente mudando daquela cor de cobre brilhante para um castanho fosco e, finalmente, para o azul-esverdeado, ou como diriam em França, o ‘verdete’ que vemos hoje”, explica a Sociedade Química Americana, citada pelo IFLScience.

Do vermelho ao azul-esverdeado

Ao longo dos anos, ocorreram várias reações químicas na superfície da Estátua da Liberdade. Primeiro, o cobre reagiu com o oxigénio no ar. O cobre cedeu eletrões ao oxigénio, resultando no mineral cuprite, que é de uma cor vermelha rosada.

Ao longo do tempo, a cuprite continuou a ceder eletrões ao oxigénio, fazendo a estátua escurecer ainda mais.

Depois, a água na atmosfera, ao misturar-se com enxofre, transformou-se em ácido sulfúrico. Quando este se misturou com os óxidos de cobre na estátua, começou a adquirir a sua distinta cor verde. O cloreto, proveniente da maresia, intensificou ainda mais aquela tonalidade.

A estátua conseguiu, finalmente, estabilizar. Tem esta cor há mais de 100 anos, uma vez que o cobre agora exposto é quimicamente estável.

No entanto, por baixo da camada atual, a Estátua da Liberdade continua com a cor original.

Apesar de um movimento na rede social X/Twitter estar a sugerir a limpeza e restauração da Estátua, a generalidade do público prefere o “verdete” atual.

Além disso, mesmo que o monumento fosse sujeito a esses processos de limpeza e restauração, a Estátua voltaria a passar rapidamente pelos processos químicos que a deixaram tal como hoje a conhecemos.

Miguel Esteves, ZAP //

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