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De hotéis a navios de guerra — os cinco locais mais assombrados do mundo

Shawn Lauderback / pexels

Com o Halloween a chegar nada melhor do que uma lista de alguns dos locais mais assombrados do mundo.

Os amantes de emoções e de fantasmas começam a planear as suas aventuras para esta época assustadora. E acontece que há imensos locais assombrados em todo o mundo, muitos dos quais podem ser alcançados num cruzeiro.

A Planet Cruise destacou 20 sítios mais aterrorizadores, mas como não o queremos traumatizar, inúmeros apenas cinco.

Entre no espírito do Halloween connosco.

Penitenciária de Eastern State, Filadélfia

A Penitenciária de Eastern State, em Filadélfia, criada em 1829, é uma estrutura semelhante a um castelo que revolucionou o confinamento solitário.

Os reclusos viviam, faziam exercício e jantavam em solidão. Sempre que um recluso saída da sua cela, um guarda cobria-lhe a cabeça com um capuz para o impedir de ver ou de ter visibilidade.

A prisão foi obrigada a abandonar o sistema de solitárias devido à sobrelotação em 1913, mas a severidade dos castigos não diminuiu — entre outras coisas, acorrentavam a língua de um preso aos pulsos — até ao seu encerramento definitivo em 1970.

Atualmente, o local atrai milhares de visitantes por ano, tanto para o seu museu como para as festividades de Halloween. Os relatos de ocorrências sobrenaturais incluem risos sem corpo, figuras sombrias e passos de um lado para o outro.

RMS Queen Mary, Califórnia

Para além de uma breve passagem como navio de guerra durante a Segunda Guerra Mundial, o RMS Queen Mary funcionou como um transatlântico de luxo de 1936 a 1967.

Foi durante este período que testemunhou várias mortes. Por exemplo, de um marinheiro tragicamente esmagado por uma porta na casa das máquinas e os tristes afogamentos de crianças na piscina.

A cidade de Long Beach adquiriu o navio em 1967, transformando-o num hotel, um papel que continua a desempenhar até hoje. No entanto, os hóspedes podem partilhar a sua estadia com os fantasmas dos antigos passageiros, que se diz usufruírem das instalações sem qualquer custo.

Para aqueles que procuram um arrepio extra na espinha, recomenda-se uma visita à casa das máquinas do navio, que é frequentemente descrita como um viveiro de encontros com fantasmas.

The Stanley Hotel, Colorado

Wikimedia commons

Desde 1909, os viajantes têm-se deslocado a Estes Park para se maravilharem com a grandiosa arquitetura georgiana do The Stanley Hotel e para se deliciarem com o seu mundialmente famoso bar de whisky.

No entanto, a história do hotel sofreu uma reviravolta dramática a 30 de outubro de 1974, quando o famoso escritor Stephen King e a sua mulher Tabitha se tornaram seus hóspedes.

Quando o hotel se preparava para fechar a temporada, os dois viram-se como os únicos ocupantes.

King ficou particularmente cativado pelos corredores vazios aparentemente intermináveis como que se deparou depois do jantar e escreveu: “[O hotel] parecia o cenário perfeito, arquetípico, para uma história de fantasmas. Nessa noite, sonhei com o meu filho de três anos a correr pelos corredores, olhando para trás por cima do ombro, com os olhos arregalados e a gritar. Ele estava a ser perseguido por uma mangueira de incêndio. Acordei com um tremendo sobressalto, a suar por todos os lados, a um centímetro de cair da cama”.

Castelo de Leap, Irlanda

Com fundações de entre o século XIII e o final do século XV, as muralhas desta fortaleza irlandesa foram testemunhas de enormes quantidades de sangue derramado pela dinastia O’Carroll, famosa por traiçoeiramente envenenar banquetes.

Um O’Corroll chegou a espetar a lâmina no seu próprio irmão sacerdote durante um serviço religioso na capela do castelo, agora apelidada de “A Capela Sangrenta“, com a reputação de ser perseguida pelo padre morto sob o manto da escuridão.

Uma descoberta assustadora foi feita no início do século XX, durante as restaurações, quando os trabalhadores encontraram uma masmorra escondida na Capela Sangrenta.

Estava repleta de tantos esqueletos humanos que para os remover foram necessários três carros cheios. As vítimas eram aprisionadas, caíam por um alçapão e eram empaldas por espigões de madeira até morrerem, enquanto os O’Carrolls ouviam.

Forte de Bhangarh, Jaipur, Índia

Já não é possível visitar o Forte de Bhangarh, Jaipur, na Índia, antes do nascer ou depois do pôr do Sol. Os habitantes locais acreditam que se uma pessoa entrar no local nesses períodos, nunca mais sairá.

Os relatos são de som de vozes de mulheres a gritar e a chorar vindos de dentro à noite, assim como o barulho de vidro a quebrar e música.

Há quem garanta ter visto sombras e luzes a piscar entre as estruturas, enquanto alguns sentiam um perfume vindo das ruínas.

A origem da assombração está nas suas origens, no século XVI, quando o o fundador de Jaipur — o rei Madho Singh — visitou o sábio Bala Nath e lhe pediu permissão para construir o forte.

O místico disse que sim, desde que em nenhum momento o Forte fosse construído tão alto que a sua sombra caísse sobre a sua casa. O rei concordou prontamente e começou a construção, até que o seu sucessor resolveu ampliar as obras, fazendo sombra à casa do sábio — que amaldiçoou o forte, afirmando que todos que vivessem dentro dele fossem condenados a uma vida sem renascimento, presos no limbo para vagar pelas ruínas da eternidade.

Há ainda outra versão que diz que um sacerdote, que era praticante de magia do mal, se apaixonou por uma bela princesa, conhecia muito além das fronteiras da Índia. Um dia, seguiu-a até ao mercado e ofereceu-lhe uma poção do amor, que ela recusou por ter sido informada das suas intenções.

Ficou arrepiado? Feliz Halloween!

Teresa Oliveira Campos, ZAP //

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