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Afinal, Leonardo da Vinci não esculpiu o busto de Flora

(dr) SMB-SPK

Busto de Flora no Museu de Berlim

Está terminada a controvérsia que durou mais de cem anos após a aquisição do Busto de Flora em 1909, por Wilhelm von Bode. A datação por radiocarbono revelou, recentemente, que a obra não foi feita durante o Renascimento.

O Busto de Flora, conservado no Bode Museum, em Berlim, passou recentemente por uma análise de datação por radiocarbono, que forneceu uma data precisa e um resultado incontestável: a obra de cera foi feita no século XIX, quase 300 anos após a morte de Leonardo da Vinci.

Segundo o EurekAlert, o busto foi adquirido pelo diretor-geral dos Museus Reais de Berlim, Wilhelm von Bode, em 1909. Na altura, a compra foi muito criticada por ser considerada uma falsificação.

Mesmo assim, Wilhelm nunca cedeu, convencido de que a escultura que havia adquirido era uma produção ainda desconhecida do grande mestre do Renascimento, Leonardo da Vinci.

Recentemente, o Busto de Flora foi submetido a um sistema de datação por radiocarbono que confirmou que a obra foi feita no século XIX, quase 300 anos após a morte do artista.

Como a escultura foi feita principalmente de espermacete, uma espécie de cera extraída das baleias, os cientistas tiveram que desenvolver um novo método de calibração para datar com precisão a obra de arte.

Os resultados, publicados no dia 15 de abril na Scientific Reports, provam também que a datação por radiocarbono pode ser aplicada a materiais incomuns.

“O estudo prova que o busto não foi produzido durante o Renascimento, e, portanto, não pode ser atribuído a da Vinci”, escreveram os autores. “[A investigação também] ilustra que a datação por radiocarbono pode ser aplicada a materiais pouco comuns.”

Liliana Malainho, ZAP //

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