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CDS tem a “chave” da geringonça açoriana (mas ainda não sabe de que lado vai ficar)

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PSD/Açores

José Manuel Bolieiro, vice-presidente do PSD

Os Presidentes do PSD e do PS já se reuniram com o líder regional do CDS, Artur Lima. O dilema é entre suportar um executivo PS ou integrar uma coligação à direita. A decisão dos centristas será decisiva para o futuro da governação dos Açores.

A chave para decidir o futuro da governação da região está agora nas mãos do CDS. Depois do PS ter perdido a maioria absoluta e com uma maioria de direita no parlamento regional, o PSD já sonha com uma geringonça com o CDS, PPM, Iniciativa Liberal e Chega. Desta forma seria possível que José Manuel Bolieiro chegasse à presidência do governo regional.

Contudo, a maior incógnita é o CDS-Açores, presidido por Artur Lima, que ainda não decidiu para que lado é que cairá. Ainda assim, para o PS ou PSD governarem não basta a presença dos três deputados centristas.

De qualquer forma, o PS ou PSD irão precisar sempre do apoio do CDS. O PS já procurou dispensar o apoio do partido de Artur Lima, substituindo-o pelo da Iniciativa Liberal, sendo que juntando o BE, PAN e IL, os socialistas conseguiriam os 29 deputados que precisam.

O deputado liberal eleito, Nuno Barata, já esteve no parlamento ao serviço do CDS quando os centristas viabilizaram o primeiro governo socialista da região. Porém, em declarações ao Público disse que seria “muito difícil” viabilizar um governo socialista.

De acordo com o Público, os presidentes do PS e PSD, Vasco Cordeiro e Bolieiro, já se deslocaram à Terceira para se reunirem com Artur Lima, mas os centristas ainda não decidiram quem apoiar. Ainda assim, com tudo em aberto, parece existir nos bastidores do CDS uma tendência para alinhar com uma solução à direita.

Para além de razões ideológicas, o CDS prefere a abertura de um novo ciclo político e tem resistências quanto a garantir a permanência do PS no poder.

Os sociais-democratas têm como solução preferencial uma parceria com o CDS e PPM, e contar com apoio do Chega e da Iniciativa Liberal no parlamento. O PSD não excluí um apoio do PAN, por isso José Manuel Bolieiro já se reuniu com Pedro Neves.

Como refere o Público, dentro do PSD acredita-se que esta é uma oportunidade histórica para retirar o PS do poder e, por isso, a formação de um bloco central nem sequer é discutida. A existência de uma coligação à direita para acabar com os 24 anos de governação socialista chegou a perder força com as declarações de André Ventura na noite eleitoral, que excluiu um acordo com o PSD.

Neste momento, a maior incógnita é mesmo a posição do CDS. Apesar dos dirigentes regionais realçarem que a estrutura centrista nos Açores é autónoma, as declarações do presidente nacional do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, podem ajudar a perceber de que forma vai ser tomada a decisão. “Não será certamente por culpa do CDS que não tiraremos o PS do governo regional dos Açores”, disse o líder do CDS.

ZAP //

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