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Cruzeiro “exclusivamente para britânicos” levanta polémica

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(CC0/PD) skeeze / Pixabay

Imagem ilustrativa de um cruzeiro

Uma brochura que prometia viagens de cruzeiro exclusivas para britânicos levou várias pessoas a queixarem-se da Saga, uma empresa especializada em serviços para clientes com mais de 50 anos. A empresa já remeteu as culpas para um parceiro de reservas de cruzeiros.

De acordo com o The Guardian, a polémica começou quando um utilizador publicou no Twitter a capa de uma brochura, recebida pela sua mãe acrescentando que esta tinha ficado “indignada” ao ver a chancela “exclusivo para britânicos“.

Será legal?“, perguntou a cliente, Ruth Bale, de 75 anos, ao filho após ver a revista, que também indica “exclusivamente só para adultos” e “exclusivamente só para maiores de 50” na capa.

https://twitter.com/RealMandeville/status/1174610815288336384

A empresa já reagiu, afirmando que a brochura não pertence à Saga. Numa resposta oficial dada a Anthony Bale no Twitter, a Saga refere que “o nosso parceiro, cruise.co.uk, está extremamente arrependido por qualquer ofensa ou imprecisão que a sua brochura tenha causado”.

A empresa acrescenta ainda que “os cruzeiros da Saga partem todos do Reino Unido, mas que damos as boas-vindas a toda a gente, de todas as nacionalidades”, desde que tenham “mais de 50 anos”.,

Ao jornal de viagens britânico TTG, a Saga precisa que o erro de interpretação por parte do parceiro cruise.co.uk estaria no facto de, nos textos originais da empresa, se indicar que os “cruzeiros partem apenas do Reino Unido”, e que terá havido uma interpretação incorreta, originando um fraseamento igualmente incorreto.

Ruth Bale, em declarações ao The Guardian, disse que “é terrível” que seja “algo aceitável para se dizer”. “É diferente de como as coisas eram“, presumindo-se uma referência à era pré-Brexit, escreve o Público.

“Será que os trabalhadores [destes cruzeiros] também vão ser todos britânicos? Quão longe irão levar isso de ‘exclusivamente para britânicos?’ É o fanatismo que agora tem uma voz e nós temos de dizer algo. Não está certo”, rematou a cliente.

ZAP //

2 Comments

  1. Num negócio privado da minha autoria EU instauro as regras que EU quiser, e reservo o direito de admissão e prestação de serviço a quem eu aceitar fazer tal acordo comercial.
    Vocês pensam que é mais agradável irem num cruzeiro com pessoas vossas conterrâneas ou pensam que misturar culturas e línguas em alto mar, onde não se tem escapatória é mais inteligente?

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