Afinal, guardas demoraram 1h a reparar numa fuga que durou 6 minutos

Carlos Barroso / LUSA

Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre

Sequência anunciada pela ministra da Justiça, que não é igual à que tinha sido apresentada. A cronologia da fuga.

Rita Júdice leu o relatório preliminar sobre a fuga de cinco reclusos de Vale de Judeus e tirou as suas conclusões.

A ministra da Justiça falou sobre uma “fuga orquestrada” e descreveu: “Não resultou do aproveitamento de uma distracção, não foi uma fuga oportunista. Foi um plano preparado com tempo, com método e com ajuda de terceiros”.

A evasão “demorou seis minutos e foram usados recursos, como duas escadas, que não existiam no interior do estabelecimento prisional”.

A ministra apresentou a sequência dos factos, com base no relatório preliminar – e que não é igual à que foi apresentada no domingo passado, pelo (então) director-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Abrunhosa.

Afinal, os guardas da prisão demoraram mais de uma hora a reparar na fuga (e não 40 minutos) e foram dois guardas a dar o primeiro sinal – até porque um deles viu uma escada. E a GNR só soube quase uma hora e meia depois.

Cronologia da fuga:

9h55
Começa a fuga. Três pessoas entram no perímetro externo da prisão.

9h57
Os cinco reclusos começam a sair da prisão, por cima do muro.

10h01
Saída do último recluso, que ultrapassa a vedação exterior nesse minuto.

11h
Dois guardas reparam, praticamente em simultâneo, que faltam cinco reclusos. Um estava no Pavilhão de Vale de Judeus, o segundo circulava num carro no perímetro interior quando viu a escada.

11h04-11h08
Alerta a toda a corporação.

11h10
O director da prisão é informado.

11h18
GNR recebe o alerta.

11h19
Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) é informada.

12h
Director da prisão confirma a fuga e identidade dos reclusos à DGRSP.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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