Crise energética na Europa. Polacos queimam lixo para se aquecerem

A crise energética da Europa está a levar os cidadãos polacos a queimar lixo e a Roménia a limitar o preço da lenha à medida que dispara a procura por fontes de aquecimento alternativas.

À Bloomberg, residentes dos subúrbios de Varsóvia relataram que conseguem sentir diariamente o cheiro do lixo a arder, enquanto algumas cidades notam que há menos lixo a ser recolhido.

“Estamos a ver uma queda significativa na recolha de lixo, especialmente quando se trata de materiais que, pelo menos em teoria, poderiam ser adequados para queimar, tais como papel, cartão e embalagens”, disse o presidente da câmara de uma das cidades aos meios de comunicação polacos.

A União Europeia proibiu a importação do carvão russo após o país ter invadido a Ucrânia, atingindo com especial força a Polónia, dependente do carvão. Embora os polacos tenham abastecido as casas antes de a proibição entrar em vigor – o que ocorreu em agosto -, 60% dos lares não têm carvão suficiente para o inverno.

O custo do gás natural também subiu, à medida que a Rússia corta os fornecimentos à Europa. Entretanto, o governo romeno estabeleceu um preço máximo para a lenha – cerca de 80 euros por metro cúbico, de acordo com a Bloomberg.

A Roménia já havia fixado preços máximos para o gás e para a energia, de forma a aliviar o surto que se seguiu à invasão russa da Ucrânia. No país, a lenha é uma alternativa de baixo custo para combater o frio.

Relatórios anteriores apontavam para um aumento da procura de lenha noutros países da Europa, assim como um crescimento nos roubos desse material. Fontes citadas pelo Washington Post disseram ao jornal que “a lenha é o novo ouro”.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.