As peças da Lego podem acabar no oceano durante mais de mil anos, mas os fabricantes dinamarqueses estão a tentar tornar a empresa ecologicamente correta.
Na sua última promessa, a Lego vai começar a usar sacos de papel a partir de 2021, após receber cartas de crianças a pedir para se livrar dos sacos de plástico descartável.
A promessa vem como parte do anúncio recente da Lego de que está a investir 400 milhões de dólares ao longo de três anos para melhorar os seus esforços de sustentabilidade. Entre as suas muitas promessas, a empresa está a procurar fazer peças com materiais sustentáveis até 2030, embalagens sustentáveis até ao final de 2025 e todas as operações de fabricação neutras em carbono até ao final de 2022.
“Recebemos muitas cartas de crianças sobre meio ambiente a solicitar a retirada de embalagens de plástico descartáveis. Temos explorado alternativas há algum tempo e a paixão e as ideias das crianças inspiraram-nos a começar a fazer a mudança”, disse, em comunicado, Niels B Christiansen, CEO do Lego Group. “Não podemos perder de vista os desafios fundamentais que as gerações futuras enfrentam. É fundamental que tomemos medidas urgentes agora para cuidar do planeta e das gerações futuras”.
Estima-se que cerca de 440 mil milhões de peças de Lego foram fabricadas desde que a empresa iniciou a produção em 1949. Um estudo no início deste ano, publicado na revista científica Environmental Pollution, estimou que os tijolos de plástico podem permanecer no meio ambiente entre 100 e 1.300 anos. Além dos tijolos, há também a preocupação com as embalagens de plástico não biodegradáveis.
Cerca de 80% das peças de LEGO são feitas de uma substância à base de petróleo conhecida como acrilonitrila-butadieno-estireno (ABS). De acordo com o IFLScience, é um verdadeiro desafio encontrar uma alternativa biodegradável para este material que ainda seja resistente, seguro e agradável à vista.
A Lego está atualmente a considerar a ideia de trocar a maioria das peças por polietileno à base de cana-de-açúcar em vez de plástico à base de petróleo.
Para garantir que as novas peças sejam seguras e práticas, a Lego tem um Programa de Materiais Sustentáveis que envolve mais de 150 especialistas a trabalhar para tornar os seus produtos e embalagens mais sustentáveis.
“Num momento em que o mundo enfrenta numerosos desafios, as empresas devem agir para criar um impacto positivo e duradouro no meio ambiente e na sociedade”, disse Christiansen. “Ninguém pode fazer isso sozinho. Exorto as empresas, Governos, pais, crianças e ONGs a continuarem a unir forças para criar um futuro sustentável para os nossos filhos, os construtores de amanhã.”
“por polietileno à base de cana-de-açúcar em vez de plástico à base de óleo”: julgo que a última palavra é “petróleo”, não “óleo”.
Assim como, na frase anterior, onde se lê “De acordo com o IFLScience, é um verdadeiro desafio encontrar uma alternativa não biodegradável para este material que ainda seja resistente, seguro e agradável à vista.”, penso que se deveria ler “De acordo com o IFLScience, é um verdadeiro desafio encontrar uma alternativa biodegradável para este material que ainda seja resistente, seguro e agradável à vista.”
Também à atenção do ZAP.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo. Essa é a formulação que a fonte referida faz, mas parece-nos um lapso óbvio, que está corrigido.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.