O Ministério da Igualdade Racial do Brasil já entrou em contacto com o governo português para se colocar à disposição para ajudar a elaborar “ações concretas de reparação” dos custos da escravatura e dos “crimes coloniais” assumidos pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
A ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, pediu esta quinta-feira “ações concretas” por parte de Portugal na sequência da “importante e contundente” declaração do Presidente da República na qual sugeriu o pagamento de reparações por crimes da era colonial.
“É realmente muito importante e contundente essa declaração”, afirmou Anielle Franco ao portal brasileiro G1, referindo-se às declarações de Marcelo Rebelo de Sousa em que este reconheceu responsabilidades de Portugal por crimes cometidos durante a era colonial, sugerindo o pagamento de reparações pelos erros do passado.
“Pela primeira vez estamos a fazer um debate desta dimensão a nível internacional”, frisou a ministra brasileira, irmã da ex-vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, acrescentando ainda que tais declarações são “fruto de séculos de cobrança da população negra”.
Ainda assim, Anielle Franco sublinhou que “essa declaração precisa vir seguida de ações concretas, como o próprio Presidente de Portugal parece estar ali comprometendo-se a fazer”.
“A nossa equipa já está em contacto com o Governo português para dialogar sobre como pensar essas ações e a partir daqui quais passos serão tomados”, disse.
O Presidente da República, na terça-feira, durante um jantar com correspondentes estrangeiros em Portugal afirmou que Portugal tem “de pagar os custos”.
“Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isto”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, citado pela agência Reuters.
No evento, Rebelo de Sousa disse que Portugal “assume toda a responsabilidade” pelos erros do passado e lembra que esses crimes, incluindo os massacres coloniais, tiveram custos.
Segundo Anielle Franco, a declaração de Marcelo Rebelo de Sousa surgiu uma semana depois de movimentos de mulheres negras terem cobrado publicamente a Portugal uma reparação ao Brasil, durante 3º Fórum Permanente para Pessoas Afrodescendentes das Nações Unidas, que teve lugar a semana passada, na Suíça.
Há um ano, na sessão de boas-vindas ao Presidente brasileiro Lula da Silva, que antecedeu a sessão solene comemorativa do 49.º aniversário do 25 de Abril na Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que Portugal devia um pedido de desculpa, mas acima de tudo devia assumir plenamente a responsabilidade pela exploração e pela escravatura no período colonial.
“Não é apenas pedir desculpa – devida, sem dúvida – por aquilo que fizemos, porque pedir desculpa é às vezes o que há de mais fácil, pede-se desculpa, vira-se as costas, e está cumprida a função. Não, é o assumir a responsabilidade para o futuro daquilo que de bom e de mau fizemos no passado”, defendeu.
Em setembro de 2022, numa visita a Maputo, em Moçambique, também o então primeiro-ministro, António Costa, pediu desculpa pelo massacre de Wiriamu.
“Quase decorridos 50 anos sobre esse terrível dia de 16 de dezembro de 1972, não posso deixar aqui de evocar e de me curvar perante a memória das vítimas do massacre de Wiriamu, ato indesculpável que desonra a nossa história”, afirmou António Costa.
Em dezembro do mesmo ano, no dia em que passavam 50 anos do massacre de Wiriamu, o então presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, disse que era “dia de pedir perdão”.
Entre o medo e a moda
O historiador brasileiro Laurentino Gomes considera que Portugal deveria pedir desculpas formais pela escravatura e tráfico negreiro aos povos africanos, na sequência do que fizeram outros países europeus e antigas colónias como o Brasil ou os Estados Unidos.
“Um pedido de perdão em relação à escravatura seria muito bom seria muito benéfico para Portugal porque seria libertador, seria um passo importante de reconciliação” com a sua própria história, afirmou Laurentino Gomes em 2021, por altura do lançamento em Portugal do seu livro “Escravidão”.
Mas o receio de se pagarem eventuais compensações tem impedido Portugal e outros Estados com um passado colonial de pedirem desculpas pela escravatura, defende o professor de História Mundial Manuel Barcia, especializado em escravidão no Atlântico.
“O problema é que, se Portugal pedir desculpas, está a colocar-se numa posição, do ponto de vista legal, em que pode ter que pagar” compensações, sublinhou Manuel Barcia em 2023, após uma palestra em Macau. “Os políticos em todas as partes estão muito assustados com isso”.
O ano passado, o atual ministro da Defesa, Nuno Melo, considerou que Desculpas pelo colonialismo são “moda” e “Portugal não tem de pedir. A história é um contínuo, deve ser lida no seu tempo, é feita de episódios bons e episódios maus”, justificou na altura Melo.
“É um esforço muito impressionante — o politicamente correto — que vai atrás daquilo que é simpático e é da moda. É iminentemente político, é uma forma de comprarem a agenda do momento, tem a ver com votos”, acrescentou.
A agência de notícias Reuters lembrou esta quarta-feira que “Portugal traficou cerca de 6 milhões de africanos, mais do que qualquer outra nação europeia”, durante a era colonial e no âmbito do comércio transatlântico de escravos que foram levadas para a América do Sul por navios e mercadores maioritariamente europeus e vendidos como escravos.
ZAP // Lusa
Esse Senhor devia também olhar para os expatriados (retornados) que deixaram o trabalho de uma vida (outros deixaram o trabalho de 3 gerações – foi caso da minha família) e até hoje nem os países que ficaram com tudo nem Portugal os reparou.
Portugal vai expatriar todos os brasileiros de origem africana a residir no Brasil para o continente africano e vai repatriar todos os brasileiros residentes no Brasil de origem portuguesa de volta a Portugal… Parece bem. Siga Marcelo com a loucura
Descendentes de colonos num país independente há 200 anos a pedir reparações ao país colonizador só pode ser, ou anedota ou esquizofrenia!
Passou-se completamente o PR.
Vai acabar o mandato a fazer só asneiras…é uma pena.
Este é o tema mais estúpido que se possa levantar! Par começar o pedido de desculpas foi realizado nas Cortes no século XIX! Não temos de andar a pedir desculpas a cada década! Segundo, os portugueses foram igualmente escravizadis por africanos! Estudem algo sobre as razias ao nosso litoral qye deu origem ao iinfame “à mouro na costa!”. Depois, foi precisamente por imposição dos brasileiros que Portugal teve de manter a escravatura por mais tempo no Império, escravatura essa promovida por imensos negociantes negros. Depois, e para finalizar, NÃO existiam ali países alguns, foram uma criação portuguesa, de maus ninguém! Pior a etnia bantu estava há pouco tempo no Sul de África, os nativos, os verdadeiros, daquela zona eram os bosquimanos e não os bantu! A ignorância é feia e é triste ver o P.R., supostamente, dos portuguses traiar desta forma a Gesta e Glória de Portugal, como faz certos indivíduos de honra diminuta e suspeita, para quem Portugal nem sequer deveria existir como nação! Acabem co.m o raio das mentitas de uma vez por todas!
Esses brasileiros, são peritos em burlar ou não fossem da extrena esquerda dos aldrabões. São eles os descendentes dos colonizadores – o Brasil jamais foi colónia de Portugal, era Portugal – e foram eles os esclavagistas mores do reino. Isto é uma forma de racismo e um tentativa estúpida em atirar culpas próprias para cima de outros! Já agora, alguma vez perguntaram aos povos se queriam ser independentes? Não. Deram os territórios a terroristas comunistas que oprimiram mil vezes mais esses povos do que a ditadura alguma vez o fez! Quem paga aos retornados as milhões de vidas de portugueses destruídas por gente que só vive do ódio e de revanchismo?
Acho que é altura do Brasil levar para o Brasil o Pedro Alvares Cabral e até ao Salazar pode levar todos e pedir contas a eles.
Agora este tempo é outra coisa e os brasileiros que foram escravos deles acertem contas com eles. Nós cá continuamos a ser escravos dos regimes nos têm governado e quem nos vai indemnizar?
Hahahahahahah! Piada de português com final à Brasileira.
Estão a querer abrir uma Caixa de Pandora? Têm ideia de onde isto pode ir dar? Se vamos todos começar a pedir e a dar reparações por crimes do passado, então Portugal também vai pedir reparações a Espanha, aos árabes e aos romanos? A História da Humanidade não se resume aos últimos 5 séculos nem à relação da Europa com o resto do mundo. Não foram os portugueses que inventaram a escravatura. Estas ideias podem ser simpaticas e justas em teoria, mas na prática podem levar a um poço sem fundo.
Sao é malucos! Nao devemos nada! Mas em que mundo vivem. Acham-se respeitados? Nao! A escravatura e estupidez dos tempos modernos é assim! Colorida! Todos têm direito ao seu “eu” superior logo de mim levam é o mesmo tratamento!
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não deve andar bem de saúde.
Este segundo mandato tem sido um desastre e então quando fala o País treme.
Mas não deixa de ter razão quanto a indemnizar as ex-colónias e Brasil pelo que Portugal e os seus representantes lá fizeram. Nestes encontrar-se-á um Baltazar Rebelo de Sousa, que também devia responder solidariamente com o Estado português. E esta responsabilidade solidária também deveria chegar aos seus herdeiros, entre os quais o atual Presidente da República, pois não se herdam só créditos, mas também débitos.
A ver vamos.
Isso é um absurdo! Que coisas mais sem cabimento. É mesmo ridículo! Portugal não tem que reparar coisa alguma.
Ps: sou brasileiro.
Isto só fica mal estante tem a cabeça toda queimada, e já começou a pagar foi 4 milhões fora os ameaços, deixem-se de tretas e os brasileiros tao bons que são a aproveitar estas oportunidades
Deveriam era pagar a Portugal e Espanha por terem aberto as portas à globalização!
Queremos ser ressarcidos de todo o investimento humano e material feito no mundo!
Internamento compulsivo imediatamente.
E com colete de forças.
Até para que sirva de exemplo e, assim, ajude a travar as tentações dos da mesma laia, antes que este movimento rebelista isto se torne incontrolável.