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Crime informático dispara e PJ não tem agentes suficientes

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Em 2017, registaram-se quase 1.000 crimes informáticos. No entanto, os inspetores que investigam esta área são pouco mais de 30.

De acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna, divulgado esta quarta-feira, foram feitas 976 queixas relacionadas com o cibercrime no ano passado. Este número revela um crescimento de 226% em 11 anos, face às 299 denúncias de 2016. Entre 2016 e 2017 a subida foi de 21,8% (de 801 para 976 casos).

Contudo, o número de inspetores não acompanha esta tendência de crescimento. A Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da Polícia Judiciária conta com pouco mais de 30 inspetores.

Carlos Cabreiro, diretor da UNC3T, reconhece ao Diário de Notícias que “tem de haver uma adequação dos meios a uma realidade criminal que tem aumentado em complexidade e solicitações”. Ainda assim, o diretor nacional que a unidade será dotada de mais elementos ainda este ano.

A Unidade Nacional irá integrar mais elementos até ao final deste ano, 30 segundo o referido. No entanto, o diretor nacional da Polícia Judiciária, Almeida Rodrigues, não se comprometeu com uma data concreta, mas adiantou que “assim que os novos inspetores concluírem o curso e o estágio, a UNC3T será reforçada”.

Ainda assim, a equipa não ultrapassará os 70 agentes, ainda muito longe da meta de 100 inspetores prometidos por Almeida Rodrigues, em declarações ao jornal, a 28 de março de 2015.

Carlos Cabreiro, por sua vez, recusa-se a comentar a falta de recursos – quer humanos, quer tecnológicos – na unidade, garantindo que “esta criminalidade é cada vez mais complexa com novas questões associadas aos meios de pagamento, ao malware, a valores bancários”.

Nas subidas de participações por cibercrime, destaca-se o crime de acesso ilegítimo ou indevido (+21%), a devassa por meio informático (+16%), a falsidade informática (+16%) e a sabotagem informática (+27%), dá conta o jornal.

O Relatório Anual de Segurança Interna prevê que no futuro venha a aumentar a anonimidade na navegação e cifragem de dados, além do branqueamento de capitais com recurso a moedas, contas bancárias e cartões virtuais.

ZAP //

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