Criança morre de intoxicação após comer almôndegas. Mãe está em estado grave

Daniel Tiago / Skyscrapercity

Hospital Central Distrital / Hospital Universitário de Coímbra

A família de quatro sofreu uma intoxicação alimentar grave, tendo o pai e o filho mais velho já tido alta. O filho mais novo acabou por morrer e a mãe encontra-se internada em estado crítico.

Um rapaz de sete anos faleceu após uma grave intoxicação alimentar, confirmou uma fonte hospitalar à agência Lusa. O menino, internado nos Hospitais de Coimbra, fazia parte de uma família de quatro pessoas que sofreu uma intoxicação alimentar. O Ministério Público delegou a investigação à Polícia Judiciária de Coimbra.

A mãe da criança, de 48 anos, encontra-se em estado crítico e com prognóstico reservado nos Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. O pai, de 44 anos, e o irmão mais velho, de 12 anos, receberam alta, mas estão sob vigilância constante.

A família começou a ter sintomas como vómitos e fraqueza na quinta-feira, após terem consumido almôndegas feitas com carne picada comprada num supermercado local. A causa exata da intoxicação ainda não foi determinada, relata o Observador.

Em comunicado, o Departamento de Saúde Pública da ARS Centro revela que “foram colhidas amostras biológicas dos doentes em ambiente hospitalar para investigação da causa de intoxicação”.

“No âmbito da investigação epidemiológica, foram feitas visitas ao domicílio pela Unidade de Saúde Pública, com recolha de amostras alimentares (refeição suspeita e outros produtos consumidos em contexto familiar) e biológicas. Estes produtos foram encaminhados para os laboratórios de referência para pesquisa de agentes químicos e biológicos”, revela.

Em análise estão principalmente as almôndegas consumidas na noite de quinta-feira, bem como amostras de água da rede pública e detergentes.

Segundo Amândio Martins, avô das crianças, tanto os pais quanto o filho mais novo apresentaram alterações cardíacas, algo que é raro nos casos de intoxicações alimentares. No entanto, o cardiologista Rui Baptista explica que “o coração pode ser sensível a determinadas toxinas” que se podem acumular na carne picada, especialmente se não conservada apropriadamente.

Até o momento, não foram identificados mais casos de intoxicação na comunidade. A equipa de Saúde Pública está a analisar os sintomas e o início dos mesmos para identificar a fonte da contaminação e averiguar se se trata de um caso isolado ou de um problema de saúde pública mais amplo.

ZAP //

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