A startup portuguesa Glooma criou a SenseGlove, uma luva sensorial que deteta a ocorrência de alterações no tecido mamário, podendo alertar antecipadamente para o aparecimento de cancro.
A Sense Glove, dispositivo sensorial criado pela startup portuguesa Glooma, promete ser revolucionária no diagnóstico precoce do cancro da mama.
O dispositivo é um espécie de luva que permite fazer o autoexame da mama através de um mecanismo de rastreio que deteta precocemente o cancro da mama.
A empresa realça que o principal objetivo é simplificar a interpretação dos resultados e levar as mulheres até aos especialistas o mais cedo possível. O diagnóstico precoce é a melhor forma de combater a doença, e o novo dispositivo pode facilitar este processo.
A SenseGlove tem a capacidade de encontrar sinais de alterações no tecido mamário, alertando a paciente atempadamente para que esta se dirija ao médico o mais rápido possível. A grande vantagem desta luva é que em poucos minutos o utilizador consegue fazer o teste e ver os resultados na aplicação móvel.
Rogelio Andrés-Luna, cirurgião especializado em Cirurgia mamária no Centro Hospitalar Lisboa Norte, já teve conhecimento do dispositivo e destaca que “a utilização de uma luva sensorial pode ajudar a detetar uma alteração na mama e permitir o diagnóstico precoce do cancro da mama”.
O médico acrescenta ainda que está interessado “em participar na realização de um estudo experimental no sentido de explorar a potencialidade deste dispositivo no diagnóstico precoce de lesões da mama”.
Atualmente, o dispositivo médico está a ser desenvolvido pela startup portuguesa Glooma, que tem como fundadores Francisco Neto Nogueira e Frederico Stock.
Apesar da luva ainda estar em fase de protótipo, e a aplicação ainda estar a ser desenvolvida, já são aceites pré-reservas – que a irão lembrar mensalmente a necessidade de fazer um auto rastreio.
De acordo com a empresa, espera-se que as primeiras SenseGloves estejam disponíveis no mercado já em 2022.
O cancro da mama, nota a 911pharma, atinge milhares de mulheres todos os anos. Em 2020 foram diagnosticados, só em Portugal, cerca de 7.000 novos casos, tendo 1.800 mulheres perdido a vida.