O Credit Suisse teve no primeiro trimestre uma fuga de depositantes que se traduziu numa perda de 61 mil milhões de francos suíços em depósitos, o equivalente a 62 mil milhões de euros.
Segundo um comunicado sobre os resultados de janeiro a março, divulgado esta segunda-feira, o banco, entretanto adquirido pelo UBS, aponta para “saídas de ativos significativas, em particular na segunda metade de março”. Este fluxo entretanto acalmou, mas não foi revertido até à data.
O banco explicou que a saída de depósitos representou 57% das saídas de ativos do e da divisão de gestão de património no primeiro trimestre de 2023.
De acordo com o Expresso, o valor de ativos sob gestão do Credit Suisse no primeiro trimestre era de 1,25 biliões de francos suíços (1277 mil milhões de euros), menos 23% do que no mesmo período do ano passado.
Os ativos geridos pela divisão de gestão de património caíram para 502,5 mil milhões de francos suíços (cerca de 513 mil milhões de euros) no final de março, uma queda face aos 707 mil milhões de francos suíços (722 mil milhões de euros) reportados para o mesmo período do ano passado, relatou o Observador.
“Os depósitos de clientes diminuíram em 67 mil milhões de francos suíços no primeiro trimestre de 2023. Estes fluxos, que foram mais agudos nos dias imediatamente anteriores e na sequência do anúncio da fusão, estabilizaram para níveis muito mais baixos, mas ainda não tinham revertido até 24 de abril de 2023”, lê-se no reporte.
Apesar da quebra, fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro de 12,4 mil milhões de francos suíços (12,7 mil milhões de euros), o que contrasta com o prejuízo de 1,4 mil milhões de francos suíços do quarto trimestre de 2022 e com as perdas de 273 milhões de francos suíços do período homólogo do ano passado.
Esta melhoria refletiu principalmente as medidas adotadas para salvar o banco, que passaram pela compra por parte do UBS e pelo corte de uma emissão de títulos de dívida AT1 (Additional Tier 1) no montante de 15 mil milhões de francos suíços.
