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CP suprimiu comboios, mas maquinistas e revisores não vão para casa

A CP suprimiu, esta quarta-feira, 25% dos seus comboios, mas dezenas de maquinistas e revisores dos comboios suburbanos de Lisboa estiveram a cumprir os turnos nas salas sociais no Cais do Sodré, Rossio e Oriente.

Se esta foi a situação verificada na capital, o Público sabe que, no Porto, os tripulantes dos comboios suprimidos ficaram em casa.

A CP – Comboios de Portugal não justificou a decisão, adiantando apenas, em resposta ao diário, que “faz a gestão de pessoal que considera adequada aos cenários de laboração, e suas características específicas, a cada momento. A situação atual, que é inédita, exige cuidados redobrados quanto à gestão do pessoal disponível, pelo que a empresa faz a sua avaliação permanente”.

O Público adianta que, nesta quarta-feira, chegaram a estar sete a dez maquinistas e revisores no Cais do Sodré; 14 no Oriente e seis maquinistas e dez revisores no Rossio, onde a CP tem salas separadas para estas duas categorias profissionais.

A meio da tarde, um dos revisores que se encontrava a cumprir o seu horário na estação do Oriente foi encaminhado para uma sala de isolamento por apresentar sintomas gripais, tendo mais três colegas que tinham estado próximos ficado também isolados. O Publico avança que ainda não é conhecido o resultado dos testes.

António Alves, do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), disse ao matutino que não compreende por que motivo estes trabalhadores não ficaram em casa. O sindicalista já pediu à administração da empresa para que os trabalhadores de risco sejam poupados e estejam na primeira linha dos que vão para casa, mas diz que ainda não obteve “uma resposta clara”.

Esta quarta-feira foi o primeiro dia de redução da oferta da CP e começou com indignação por parte de passageiros da área de Lisboa que se queixaram de carruagens cheias e passageiros amontoados.

A empresa diz que desconhece os horários, comboios e percursos em que terão ocorrido situações de congestionamento e explica que na zona de Lisboa a quebra da procura nos últimos dias foi de 60%, enquanto que a redução do número de comboios foi só de 22%.

ZAP //

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