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Máscaras e distanciamento para quê e com base no quê? “Não há provas” para o Congresso dos EUA

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Rodrigo Antunes / Lusa

Dois anos a analisar um milhão de páginas. OMS falhou no combate à pandemia: não há provas sobre as máscaras, imunidade natural ignorada.

O Congresso dos Estados Unidos da América publicou na quarta-feira passada o seu relatório final sobre o impacto da pandemia COVID-19.

Foram dois anos a analisar um milhão de páginas de documentos, dezenas de entrevistas, e um documento que tem 520 páginas.

Sem certezas, os investigadores reforçam a ideia de que é provável que o SARS-CoV-2 tenha nascido num laboratório de Wuhan, na China. Características biológicas do vírus e doenças entre os investigadores do Instituto de Virologia de Wuhan, naquela altura, são a base dessa conclusão.

Destacam-se no relatório as críticas à Organização Mundial de Saúde (OMS). A entidade falhou no combate à pandemia, segundo o Congresso dos EUA.

Primeiro, porque a OMS apareceu ao serviço dos interesses do Partido Comunista Chinês, ao permitir que o partido controlasse a investigação da OMS sobre as origens do coronavírus, reforça a CNN.

Segundo, porque as medidas mais conhecidas – máscaras e distanciamento social – são muito questionáveis: “Não há provas conclusivas de que as máscaras faciais tenham efetivamente protegido os americanos da COVID-19“.

O mesmo documento indica que a OMS recomendou as máscaras e o isolamento com base em investigações sobre outros vírus respiratórios, devido à falta de conhecimento sobre o coronavírus. E avisa que as orientações podem mudar à medida que o conhecimento científico se desenvolve.

Os confinamentos prolongados, lê-se, “causaram danos incomensuráveis, não só à economia dos EUA, mas também à saúde mental e física dos americanos”.

O relatório acusa ainda as autoridades de saúde pública de participarem num “esforço coordenado para ignorar a imunidade natural e suprimir opiniões divergentes”.

Na parte dos elogios: viagens e vacinas. O documento (liderado pelo podologista e republicano Brad Wenstrup) elogia as restrições às viagens logo nos primeiros tempos, anunciada pelo então presidente Donald Trump – não foi um momento de xenofobia, assegura; e saúda o esforço para criar uma vacina em tempo recorde – que ajudou também com o passar do tempo, quando baixava a protecção imunitária após uma infecção.

Lições a retirar deste período: há fraquezas nas reservas estratégicas nacionais e na cadeia de abastecimento dos EUA. Por isso, o relatório sugere que os estados tenham as suas próprias reservas de fornecimentos médicos de emergência, que possam oferecer uma resposta mais rápida e ser mais adaptados às necessidades locais, além de incentivar uma maior produção nacional, especialmente de medicamentos.

ZAP //

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7 Comments

  1. Agora não vêm chamar os “negacionistas” de negarem a ciência. Tanta parolice, falsidade e maldade, por parte de políticos, jornalistas e pseudo-ditadores escondidos entre a população. Engulam to tudo o que disseram!

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    • Atenção, emi! Os congressistas não são nenhuma autoridade em ciências. Além disso, a falta de provas sobre os benefícios das máscaras (os asiáticos usam-nas com fartura por alguma razão) não prova que elas são inúteis. Cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

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  2. Contra mim falo… Que miséria! Continua a agenda 2030… Já recebemos pré-aviso de uma nova epidemia, mas curiosamente com dia marcado: o da tomada de posse do Trump! É que já nem disfarçam!

  3. O Congresso está cheio de Negacionistas pró-Trump, não é de admirar o resultado. Quanto às máscaras fiquei fã, ando sempre com uma no bolso das calças, se ouço alguém tossir ponho a máscara, desde 2020 que não apanho, nem covid, nem gripe, nem tosse.

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    • Quando temos o Fauci a escapar de ser acusado de crimes contra a humanidade por indulto presidencial oferecido a criminosos pelo Biden (11 anos de perdão ao filho?!), bem podem falar de negacionistas… Basta ver que em Inglaterra já estão a pagar indemnizações pelos problemas provocados pelas vacinas. Não são quimeras! Mania de colocar rótulos só porque as pessoas têm opiniões divergentes

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  4. Os humanos, sob pressão e com medo, não conseguem raciocinar. Apenas e só, obedecem a quem lhes promete a solução.
    O Congresso americano, após dois anos de investigação, concluiu o óbvio.
    A conclusão é contrária ao “politicamente correcto”, à narrativa da “ciência” manipuladora sem factos e sem discussão.

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