Crescem os receios de que, com o isolamento social necessário para combater a pandemia de Covid-19, aumentem também os casos de violência doméstica.
Nos últimos dias, a pandemia de Covid-19 tem obrigado ao isolamento social das famílias portuguesas. Perante esta situação, a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, alertou para o facto de poder aumentar o risco de violência doméstica.
“Vivemos tempos extraordinários em virtude da pandemia Covid-19. Se a casa é um lugar seguro para grande parte das pessoas, para as vítimas de violência doméstica não o é”, relembra a governante, citada pela TVI24.
“Este período exige-nos ainda mais responsabilidade e atenção ao que se passa na casa ao lado com as crianças e as mulheres. Nenhuma mulher e criança podem ficar sozinhas, neste período de isolamento. Vamos ser mais comunidade.”
A secretária de Estado reafirma que “continuam a estar disponíveis as forças de segurança e os serviços de apoio para as vítimas de violência doméstica”, como é o caso da linha de ajuda 800 202 148 e a linha da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) 116 006.
De acordo com o jornal Público, o Governo também assegurou mais cem camas para acolher vítimas de violência, tem piquetes de urgência em todos os distritos e criou um e-mail específico para receber novas queixas ([email protected]).
Na China, conta o Diário de Notícias, houve um aumento exponencial de casos quando foi decretada a quarentena para fazer face ao surto do novo coronavírus.
Em 2019, registaram-se 35 vítimas mortais em contexto de violência doméstica. Este ano, o número já vai em três.
Com a agravante do estar em permanência inibir – por medo de retaliação – as vítimas de delatar a agressão às autoridades.