Covid-19. Polícia de Marrocos cria aplicação para rastrear movimentos dos cidadãos

Roman Pilipey / EPA

A polícia de Marrocos vai dispor de uma aplicação móvel que permite rastrear os movimentos dos cidadãos e identificar os que desobedecem às regras do estado de emergência, decretado devido ao surto da covid-19, foi anunciado terça-feira.

Em comunicado, a Direção-Geral de Segurança Nacional (DGSN) de Marrocos, citado pela agência Efe, explicou que esta aplicação visa “limitar todos os movimentos dos cidadãos que sejam desnecessárias”, de forma a “travar a propagação da Covid-19”.

Outras fontes ligadas ao serviço de segurança de Marrocos, referiram que esta aplicação permite seguir a movimentação dos cidadãos, durante o dia, e a sua passagem pelos diferentes postos de controlo policial, limitando assim todas as deslocações que não sejam consideradas necessárias, noticiou a agência Lusa.

As mesmas fontes adiantaram que a polícia está a desenvolver outra aplicação com objetivos semelhantes.

A polícia marroquina já deteve mais de 50 mil pessoas em todo país, por infração às medidas de confinamento obrigatório, decretadas em 20 de março.

Marrocos decretou em 20 de março o estado de emergência sanitária, prorrogado mais um mês, que permite as saídas de casa apenas para a aquisição de bens alimentares ou medicamentos e com a obrigatoriedade de uso de máscara.

As saídas ao exterior estão ainda limitadas a uma pessoa por família, que deve ter na sua posse uma declaração oficial de dispensa de confinamento, que é solicitada nos diversos controles policiais, existentes em várias ruas e avenidas do país. Quem infringir estas medidas arrisca a uma pena de prisão até seis meses.

Marrocos regista até ao momento 3.209 casos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 145 pessoas morreram e 393 curaram-se.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia já provocou mais de 174 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Lusa //

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