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Covid-19 dá impulso aos fabricantes portugueses de bicicletas

Os fabricantes de bicicletas em Portugal – o maior fabricante da Europa – tiveram que encerrar as 40 fábricas e colocar 8.000 trabalhadores em licença para ajudar a conter a disseminação da covid-19. Agora, tentam acompanhar a crescente procura global.

“Quando fechamos, no dia 13 de março, pensámos que seria uma catástrofe, estávamos com medo”, indicou Bruno Salgado, conselheiro executivo da RTE Bikes, empresa que detém a maior fábrica de bicicletas da Europa, em Vila Nova de Gaia, citado pelo Reuters esta segunda-feira. Mas “acabou por ser uma bênção disfarçada para nós”, afirmou.

 

De acordo com o artigo, Portugal exporta cerca de 90% das bicicletas que produz, com mercados-chave na Alemanha, na França e em Itália. À medida que os bloqueios para travar começaram a diminuir na Europa, os distribuidores ficaram sem estoque, forçando os fabricantes portugueses a aumentar a produção e a capacidade.

A RTE Bikes produz agora cerca de 5.000 bicicletas por dia, contou Bruno Salgado.

João Maia, gerente da In Cycles, que produziu 87 mil bicicletas em 2019, viu a procura duplicar. “No momento, exportamos bicicletas para todos os países do mundo, incluindo países que supostamente são grandes produtores de bicicletas”, como Itália, Bulgária e Roménia, indicou.

A empresa planeia duplicar as suas linhas de produção para quatro a partir deste mês e já tem encomendas de cerca de 185 mil bicicletas em 2021, acrescentou João Maia.

Em 2019, a produção de bicicletas em Portugal aumentou 42%, atingindo um recorde de 2,7 milhões – quase um quarto de todas as unidades produzidas na União Europeia, segundo dados do Eurostat.

ZAP //

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