Costa quer reconciliar-se com o Bloco. “Vamos com certeza continuar a trabalhar juntos”

António Cotrim / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, está disposto a salvar as relações com os antigos parceiros de geringonça.

No debate desta quinta-feira, no Parlamento, Catarina Martins questionou o primeiro-ministro sobre se tenciona reforçar os profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“De todos os anúncios e intenções do próximo OE, não conhecemos uma única medida que permita fixar profissionais no SNS e faltam em áreas fundamentais. Considera mexer nas carreiras para quem é formado no SNS lá queira ficar?”, questionou a bloquista.

“Desde o início da legislatura anterior temos vindo sistematicamente a aumentar os profissionais do SNS em 25%”, respondeu. “Nas próximas horas teremos oportunidade para trabalhar sobre estas matérias”, disse ainda, referindo-se às reuniões que terá com os partidos de esquerda.

Vamos com certeza continuar a trabalhar juntos“, continuou o primeiro-ministro, numa resposta suave a Catarina Martins, com quem pretende contar para a prova de fogo do Orçamento do Estado (OE).

Segundo o Expresso, tanto bloquistas como comunistas insistiram nas suas causas, as mesmas que os levam a pressionar o Governo: mais pessoal para o SNS; o fim do fator de sustentabilidade das pensões; legislação laboral e controlo do valor das rendas; aumento dos salários médios e descongelamento de carreiras na Função Pública; aumento dos dias de compensação por cada ano de trabalho em caso de despedimento; entre outras.

Costa não disse que não nem que sim. Citou várias vezes a “agenda para o trabalho digno” para não dar respostas concretas, sugerindo que o Governo está alinhado com as preocupações da esquerda.

Esta é mais uma prova de que, no pós-autárquicas, António Costa está empenhado em salvar o casamento do Governo PS com o Bloco e o PCP.

ZAP //

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