Costa quer de volta os feriados e 35 horas semanais já em 2016

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Carlos Santos / Lusa

O secretário-geral do PS, António Costa

O secretário-geral do PS, António Costa

António Costa espera repor os feriados eliminados pelo actual governo “o mais rapidamente possível”, desejavelmente ainda este ano, e admite o regresso às 35 horas de trabalho semanal na Função Pública já em 2016.

Em entrevista ao Diário de Notícias, António Costa diz que “no quadro da valorização pública que é preciso fazer deve-se repor o horário das 35 horas semanais, como a generalidade dos municípios tem feito”, considerando ainda que isso pode ser conseguido “sem aumentar a despesa”.

Quanto aos feriados eliminados, António Costa sustenta que “é desejável” que sejam repostos. “Nada justifica terem sido sacrificadas duas datas históricas da História de Portugal, uma das quais a data das datas, que é a nossa Fundação, e não vejo razão para, repondo esses dois [5 de Outubro e 1 de Dezembro], não serem repostos os outros dois [1 de Novembro e feriado do Corpo de Deus] o mais rapidamente possível”, sustenta o secretário de Estado do PS.

António Costa foi ainda confrontado pelo Diário de Notícias com a questão do salário mínimo e escusou-se a apontar números. “Não vou propor metas que devem ser desejavelmente objecto de acordo com os parceiros sociais”, disse. Mas o secretário geral do PS aponta que que tem “uma ideia muito clara” de que “é necessário prosseguir a trajectória para recuperar o congelamento que tivemos no salário mínimo e prosseguir uma trajectória sustentável da sua progressão”.

Quanto à TAP, António Costa considera que espera que “o processo em curso nunca conduza a uma alienação de mais de 49% do capital e um governo do PS tudo fará para que seja revertida qualquer situação que entretanto seja tomada que ponha em causa a manutenção da maioria do capital por parte do Estado”.

O Estado português não está à venda“, fez ainda questão de sublinhar o líder do PS nesta entrevista ao Diário de Notícias, ainda no âmbito da TAP.

Já na sexta-feira, à margem da visita ao Centro Tecnológico do Calçado de São João da Madeira, António Costa tinha dito aos jornalistas, conforme declarações apuradas pela Lusa, que “tudo o que se passa com a TAP desde o princípio é mau”, acusando o Governo liderado por Passos Coelho por “à última da hora” ter acordado “mal” para um problema”.

Considerando que a TAP “é a empresa estratégica fundamental para garantir a soberania nacional”, António Costa insistiu na ideia de que “é um enorme risco se o Governo privatizar mais do que 50% do capital da TAP”.

“Por ventura alguém um dia perceberá porque é que esta legislatura tem sido devidamente esticada para que este Governo, à última da hora, possa fazer tudo aquilo que em desespero está a procurar fazer”, disse ainda o líder do PS.

O Governo PSD/CDS-PP tomou posse a 21 de junho de 2011 – na sequência de legislativas antecipadas – e manter-se-á  em funções até a posse do executivo que sair das próximas eleições, que se deverão realizar em outubro, totalizando mais de quatro anos de legislatura.

ZAP / Lusa

11 Comments

    • Diria que nem ao diabo lembrava… E a ele, soltam-se mimos a cada vez que põe a boca no trombone! Só miminhos a um povo que sabe carenciado !
      A empurrar com a barriga, querem ver que ainda aparece o Bloco ou o pcp a propor 5,5h/dia=27,5h/mês de 2ª a 6ª?

  1. Se o Costa ficasse calado era um grande favor que fazia ao PS e ao País. O PS já tem as eleições ganhas, mas se este pal***ço continuar a mandar ideias malucas ao ar, ainda conseguirá perder as eleições…

  2. São estas promeças estúpidas que lhe tiram votos (pelo menos o meu já perdeu).

    E eu a pensar que íamos pelo caminho correcto no sentido de acabar com a corrupção e as assimetrias sociais.

    Era bom que não houvessem portugueses de primeira e portugueses de segunda, mas estes políticos querem mesmo que haja.

  3. Do que está referido acima não consigo perceber onde estão as ideias malucas
    Pelos casos que conheço não vi benefício para o aumento de produtividade o horário de 40 horas
    Não vejo também qualquer aumento de produtividade com o facto de não se gozarem os feriados que já existiam
    Sabiam que por exemplo em Inglaterra todos os feriados mesmo que aconteçam ao fim de semana passam sempre para a segunda feira
    Quanto à TAP porque não so alienar 49% e continuar a apostar na empresa
    A CP por exemplo provavelmente como está a ser melhor gerida já está a dar lucro, não fazendo até sentido agora que seja privatizada
    Não vejo também no que foi dito na entrevista e baseando me somente no resumo acima onde pode estar em causa o combate à corrupção ou a correção de assimetrias sociais
    Provavelmente lá chegaremos em futuras entrevistas

    • Caro João se é funcionário público provavelmente não perceberá os meus comentários. Vou tentar ser mais claro.

      A corrupção está na função pública como todos sabemos. O que eu desejaria para o meu país era uma função pública que defendesse todos os portugueses de igual forma e não apenas os amigos…..

      Relativamente à produtividade é claro que ter 35 ou 40 horas não adianta nada, pois a produtividade no funcionalismo público é muito reduzida ou quase nula. É preciso pedir “por favor” para fazerem alguma coisa.

      As assimetrias, etc, porque é que só há a questão das 35 horas na função pública? Então os restantes portugueses são de segunda? Não somos todos portugueses? Ou dá jeito por questões eleitoralistas tratar esses de forma diferente?

      Estou farto de ser sugado em impostos para alguns andarem a gozar connosco.

      • O José tem toda a razão. Porque razão eu (privado) terei que trabalhar 40h, ganhar menos, não ter nenhumas regalias e outros portugueses (publico) trabalhar 35h????

  4. O voto é livre e em consciência! Quem a utiliza não vota por promessas de brincar à política! Sobrevém a ignorância das matérias como principal aliado, qdo prevalece a oralidade dos bem-falantes com propostas de “bradar aos céus” em detrimento de propostas coerentemente exequíveis! Afinal que sabemos nós de… Política?

  5. Realmente isto é uma comédia, o que importa é ganhar votos a todo o custo. Não tenho partido definido, mas, basta olhar para toda a conjuntura internacional para se perceber que o atual governo está no caminho correto, permitir o esbanjamento de dinheiro público, não guardar nada, empenhar o país até às últimas…. será isto que António Costa quer? Coloquem os olhos na Inglaterra, olhem o que as sondagens diziam e vejam o que aconteceu nas eleições….será que ninguém tira ilações disto….Não pretendem transformar Portugal numa Grécia pois não????

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