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NYTimes diz que Portugal se atreveu a recusar austeridade e renasceu (mas Costa discorda)

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Mário Cruz / Lusa

O secretário-geral do PS, António Costa

Em declarações ao The New York Times, o primeiro-ministro português assume que “não passámos do lado escuro para o lado luminoso da Lua”, e diz que ainda há muito por fazer.

Liz Alderman, correspondente do The New York Times que escreve sobre matérias económicas europeias, foi atraída pela melhoria da situação económica em Portugal e não hesitou em mencionar o nosso país como um bom exemplo.

A jornalista lembrou as medidas que foram tomadas desde que António Costa tomou posse, em 2015, para reverter os efeitos da crise em Portugal. Além disso, mencionou também a eleição de Mário Centeno para o Eurogrupo como uma “recompensa” de Bruxelas pelos resultados que foram alcançados.

“O que aconteceu em Portugal mostra que demasiada austeridade aumenta a recessão e cria um ciclo vicioso. Criámos um plano alternativo à austeridade, focando-nos num maior crescimento e em mais e melhores empregos”, disse o atual primeiro-ministro, citado pelo NYTimes.

Ao contrário do que aconteceu na Grécia, a recuperação económica de Portugal teve um efeito positivo no que diz respeito ao aumento de confiança quer das pessoas quer das empresas. “Portugal beneficiou muito depois dos anos duros que sofremos. A disposição está muito melhor do que antes e isso e importante para a economia”, referiu ao jornal Jorge de Melo, recentemente apontado para CEO da Sovena.

De acordo com o jornal, o Governo português “está a caminho de alcançar um super-ávido em 2020, um ano antes do previsto, acabando com um quarto de século de défices”.

No entanto, adverte o The New York Times, o êxito “é ainda vulnerável“. O salário mínimo português é o mais baixo da zona Euro, o crescimento económico abrandou e mantém-se em Portugal “uma precariedade social”.

Não passámos do lado obscuro para o lado brilhante da lua. Ainda há muito por fazer”, assume António Costa. “Mas quando começámos este processo, muitas pessoas diziam que o que queríamos atingir era impossível. Mostrámos que existe uma alternativa.”

De acordo com o Jornal de Negócios, que cita o barómetro político da Aximage para o Negócios e Correio da Manhã, referente ao mês de julho, o PS continua a liderar as intenções de voto para as legislativas de 2019, obtendo 39% e subindo dois pontos face ao mês passado.

Se estas previsões se confirmarem, António Costa vai precisar de repetir a geringonça ou de procurar apoio no PSD de Rui Rio para governar com maioria no Parlamento.

ZAP //

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9 Comments

  1. Vá lá… finalmente começa a ser sério… pelo menos nas palavras!
    Mas depois borra a pintura toda. Continua um total charlatão porque refere “Mas quando começámos este processo, muitas pessoas diziam que o que queríamos atingir era impossível. Mostrámos que existe uma alternativa.” Ora bem, o modelo é exatamente o mesmo do anterior. Conter ao máximo despesas e procurar obter o máximo de receitas. A única diferença é que tem menos tomates e desse modo enrola a coisa de forma que o povo não se aperceba. Mas o povo dá sinais que começa a entender a vigarice em que se meteu.
    Enfim… fazendo o saldo… o primeiro-ministro continua a ser um… artista.

    • Olhe que não, este governo não tem nada que se assemelhe com o anterior, alias o governo de Passos Coelho conseguiu destruir em vez de criar, empobreceu as pessoas e levou bastantes à miséria com as politicas de austeridade desmedidas!
      Dirão, ah mas isso foi culpa do governo de Sócrates! Embora eu não goste particularmente do Sócrates, o que é certo é que a crise mundial aliada às recomendações do euro-grupo em matéria de crescimento económico, ditaram o principio do fim. Associado depois a uma corrida ao poder pelos partidos da oposição que fizeram cair o governo de Socas.
      Fora isso, a divida nacional sempre cresceu de governo em governo, não existindo neste campo qualquer mérito para nenhum dos governos que nada fizeram para diminua-la. Alias, tudo o que foi sendo feito no que diz respeito a investimento em infraestruturas, foi sempre com recurso a aumento da divida e PPP’s.
      Todos os partidos têm culpa, bem sei que esta mania muito clubistica tolda a mente a muita gente, mas não podemos ser partidário a esse ponto.
      Talvez faça falta em Portugal e na Europa um novo partido politico sem relações de esquerda ou direita que se foque essencialmente nas pessoas, quer sejam trabalhadores ou patrões, que rompa com tudo o que são estes estereótipos partidários de favores, cunhas, amizades e compadrios que nos levam cada vez mais a afastar e a perder o respeito pelas instituições partidárias.

      • A Ana Isabel, está coberta de razão e só mesmo pessoas que em vez de ligarem aos números e à opinião dos melhores economistas mundiais, ligam é ao clubismo partidário e ao futebolismo político, é que podem dizer o contrário.

        Aliás… Há pessoas que vivem a política de tal maneira como se fosse futebol, que até ficam chateados quando vêm um partido em que não votaram conseguir melhor para o país. Preferiam ver o país na mó de baixo, só para isso deixar o partido de que não gostam, mal visto. Isto não é querer o bem do país… Isto é querer o bem de um partido.

      • Procure realizar os seus comentários antes do almoço. Verá que tem outra lucidez. Se ainda assim não resultar procure internar-se no Júlio de Matos.
        O seu comentário, se assim se pode adjetivar, é uma vergonha. Revela bem o seu partidarismo cego. Se não for esse o caso enverede por outra área já que de economia demonstrou não conhecer a realidade (veja por favor a evolução da dívida pública ao longo das décadas) e muito menos compreendê-la. Quanto ao Miguel Queiroz… é um agrónomo e deverá ser disso que percebe. Em economia é um opinador como eu em medicina.

      • Trabalham todos para o Mesmo. Perda de tempo discutir estilos. Trabalhem formigas, em troca de nada, que o vosso tempo está a chegar ao fim.

  2. Só uma ressalva: Portugal tem o salário mínimo bruto mais baixo da zona Euro… Mas não o salário mínimo líquido mais baixo. Esse pertence à Grécia porque lá está… Como baixaram as calças à austeridade, ganham mais mas ficam com menos.

    • Mas vocês acham mesmo que ainda enganam alguém, é um caso de estudo de facto, o governo de Socrates nunca existiu pois não? nem sequer o de Costa irá existir para o futuro depois de nos colocar de novo a pedir, mas é fantástica a manipulação que tentam fazer, só que já não funciona mais, acabou, c est fini.

    • O amigo é um iluminado ou será alucinado?!
      Não sei de que mundo é que saiu e quem lhe conferiu tamanha sobranceria saloia.
      Evite comentar economia ou se o quiser fazer procure ler umas coisas antes. Isto não é futebol.

  3. Alguns dos opinantes destas matérias levam o tal clubismo tão ao extremo, que até lhes dá para desdizerem aquilo que está explicito. Quem disse ou pretendeu dizer que o governo de Sócrates nunca existiu? E afinal quem nos está a colocar de novo a pedir? Abram os olhos ó ceguinhos, no governo de Passos Coelho apesar da austeridade desmedida, foi a altura em que a dívida externa mais cresceu. Pensam que os portugueses esquecem isto, só porque uns quantos artistas o tentam disfarçar, caluniando e invetivando um primeiro ministro que não se conformou com a resignação de uns (que até se esquecem de pagar os impostos), porque só sabem governar com maioria absoluta, e foi à luta, criando um governo que é um exemplo em todos os contextos em que o avaliem? Tenham vergonha, mas sobretudo um pouco de respeito por todos os outros que também pagam impostos, e não são propriamente um bando de carneiros a mistificar e adornar as teses que os partidos os mandam defender até à exaustão. Eu sei do que falo, conheço uns quantos nomeadamente “Ribeiros” que passam a vida a criar falsas teorias a tentar enganar quem se possa distrair. Atenção a estes profetas da desgraça (Trumps), que certamente têm ou pensam ter um tacho a defender, e por isso os escrúpulos para eles não existem. Em frente Portugal, com o esforço de muitos, ainda podemos voltar a ser alguém respeitado e seguido nos exemplos que possamos voltar a dar ao mundo.

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