Costa já foi ao Parlamento Europeu – com a sua primeira missão

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Paulo Vaz Henriques / Gabinete Do Primeiro Ministro / Lusa

António Costa conversa com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen

Futuro presidente do Conselho Europeu foi a Estrasburgo felicitar a reeleita Roberta Metsola – mas o foco não foi esse.

Roberta Metsola foi reeleita presidente do Parlamento Europeu, na primeira reunião em Estrasburgo desde as eleições europeias deste ano.

Novo mandato de dois anos e meio, após 562 votos a favor, de um total de 699 eurodeputados presentes.

Maioria absoluta e a maior percentagem de votos favoráveis de sempre (90%) para este cargo.

Mas não vai acontecer o mesmo com Ursula von der Leyen.

António Costa esteve nesta terça-feira no Parlamento Europeu. Deu logo os parabéns a Metsola, quando chegou: “Por um lado, vim felicitar a presidente Metsola pela sua eleição, aliás, com resultado histórico e muito claro”.

Mas será outro o foco da sua ida precoce a Estrasburgo – o mandato como presidente do Conselho Europeu só começa em Dezembro.

“Por outro lado, também vim saudar o grupo socialista, visto que fui eleito presidente do Conselho Europeu nessa qualidade”.

E logo a seguir disse aos jornalistas: “E vim também manifestar o meu apoio à eleição da presidente Ursula von der Leyen na próxima quinta-feira e desejar que tudo corra pelo melhor, para podermos ter uma maioria que funcione ao serviço de cidadãos e da Europa”.

António Costa esteve com os eurodeputados socialistas para, mais do que espalhar saudações, tentar convencê-los a votar em von der Leyen nesta quinta-feira.

O voto para a presidência da Comissão Europeia será secreto, tal como aconteceu com Roberta Metsola, e a sua reeleição não é certa.

Uma das indecisões (não a única) vem precisamente do Grupo dos Socialistas e Democratas, que ainda pedem garantias e compromissos à presidente, em troca de votos favoráveis, lembra o Expresso.

Recorde-se que, há cinco anos, quando foi eleita presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen só ganhou por 9 votos de diferença. Se os socialistas ou os liberais votarem contra, é quase certo que não haverá reeleição.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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