Uma empresa começou a cortar árvores. Já houve denúncia, queixa-crime, mas a empresa garante que é tudo legal.
O caso começou há duas semanas, no dia 27 de Setembro: uma empresa madeireira começou a cortar árvores na Silveira de Baixo e na Silveira de Cima, na Serra da Lousã.
A Serra da Lousã está incluída na Rede Natura 2000, ficando assim protegida de actividades que ponham em causa a conservação e protecção da biodiversidade.
No entanto, têm sido cortadas árvores, essencialmente pinheiros.
A Câmara Municipal da Lousã, proprietária de parte dos terrenos, apresentou queixa-crime no Ministério Público.
A autarquia explica que, juntamente com uma empresa local, interpôs dois embargos aos cortes – mas aparentemente não foram respeitados porque os trabalhos continuaram.
Foi apresentada ainda uma denúncia de furto, por parte da Câmara, mas o corte de árvores prossegue.
Os donos de um terreno também acusam a empresa de crime ambiental e de invasão: cortar pinheiros em propriedade privada, sem autorização.
“Estamos estupefactos. Eles formalizam um documento no ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas], que não verifica a legitimidade da propriedade e é esse documento que mostram às autoridades, como tendo todo o direito a estar aqui a cortar árvores em terrenos privados e públicos”, conta à SIC Manuel Vilhena, proprietário do terreno.
Activistas e população local iniciaram um movimento de indignação, que já se espalhou rapidamente pelo país, muito devido às redes sociais.
A política também já se envolveu. O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) mostra-se contra o corte de árvores e cita denúncias de tentativas de agressão a membros das duas entidades (Câmara Municipal de Lousã e empresa local) que apresentaram os embargos.
O PAN já perguntou ao Governo que medidas estão a ser tomadas, se houve parecer do INCF e se há medidas cautelares sobre o assunto.
A empresa em causa, a Álvaro Matos Bandeira & Filhos, Lda, assegura que comprou há dois anos a madeira daquela zona em que está a abater árvores; por isso está tudo legal, garante.
O pinheiro não é uma árvore nativa de Portugal! Se plantassem carvalhos sobreiros pinheiros mansos, ai dava razão á câmara!
Árvores nativas não propagam incêndios, eucaliptos e pinheiros sim!
Filipa, desculpe lá, o que tem a sua narrativa para o facto da empresa estar a cortar árvores que são de propriedade alheia. O documento que eles apresentam até pode ser oficial, simplesmente, pelos vistos, houve falha (para não dizer outra coisa) dos serviços do ICNF. Tudo o faz parte da REDE NATURA 2000 é de todos os Portugueses.
O Tribunal que trabalhe e dê ordem de prisão aos gerentes e funcionários dessa empresa, caso contrário vai o juiz responder pelo seu mau desempenho no seu trabalho.