Os corpos de pedra são, na verdade, réplicas preenchidas com gesso baseadas nos restos mortais das vítimas da erupção do Vesúvio.
Em Outubro de 79 D.C., o Vesúvio entrou em erupção e arrasou a cidade italiana de Pompeia e a região envolvente, que ficou mergulhada em gás, lava e cinzas. Esta parte toda a gente já sabe.
O que muitos não sabem é que os famosos corpos de “pedra” das vítimas da tragédia, que são das principais atrações turísticas da cidade, não são exatamente aquilo que parecem. Apesar de a visão das pessoas a transformarem-se totalmente em pedra à medida que a lava escorria pelo monte abaixo ser impressionante, a realidade não foi bem assim.
Na verdade, quem visitasse Pompeia antes do século XIX, não iria ver qualquer um destes corpos. Então, de onde é que estas estátuas vieram?
“A verdade é que não são corpos de todo. São o produto de engenhosidade arqueológica, datada da década de 1860″, explica Mary Beard, professora da Universidade de Cambridge, num artigo da BBC.
Já desde o século XVI que há registos de escavações em Pompeia, mas só em meados do século XIX é que a Pompeia que conhecemos hoje começou a ganhar forma, sob a direção do arqueólogo Giuseppe Fiorelli.
À medida que as escavações avançavam, os cientistas começaram a notar algo estranho: uma série de buracos e cavidades que por vezes tinham restos humanos. Estes eram os verdadeiros “corpos” das vítimas da erupção vulcânica.
“O material do vulcão cobriu os corpos dos mortos, endurecendo e solidificando à sua volta. À medida que a carne, os órgãos internos e as roupas se decompunham gradualmente, um vazio era deixado – que era uma impressão negativa exata da forma do cadáver no momento da morte”, escreveu Beard.
Os arqueólogos rapidamente perceberam que, se colocassem gesso nos espaços vazios, o molde ficaria novamente completo e seria uma réplica exata do corpo da pessoa.
As escavações modernas atualizaram ligeiramente os métodos para analisar o conteúdo destes corpos, com recurso a raios-X ou tomografia computadorizada 3D, mas a elaboração de novos moldes pouco mudou. Ocasionalmente usa-se uma resina epóxi transparente em vez de gesso, mas a mistura tradicional continua a ser a melhor opção para se ter uma réplica mais fiel à verdadeira pessoa.
Isto não é novidade. Penso que todos sabem disto.
Por acaso não sabia e estive em Pompeia o Verão passou. De uma forma ou outra rrepia pensar que aquelas foras que ali encontramos foram pessoas de carne e osso tal como nós .
Vou olhar atentamente para o seu comentário. Pode ser que ainda o venha a perceber.