O nosso corpo é o carregador perfeito para smartphones, diz o “pai do telemóvel”

O primeiro inventor de telemóveis, conhecido como o “pai dos telemóveis”, Marty Cooper, profetizou que no futuro os ‘smartphones’ serão implantados sob a pele dos ouvidos dos utilizadores.

No Congresso Mundial de Telemóveis, que decorreu na quarta-feira em Barcelona, Espanha, Marty Cooper disse à CNBC que o corpo é o carregador ideal para tais aparelhos, não sendo necessários carregamento convencionais.

“A próxima geração terá o telemóvel embutido debaixo da pele dos ouvidos”, disse, citado pelo Interesting Engineering. “O corpo é o carregador perfeito. Quando comemos, o nosso corpo cria energia, certo?”, afirmou.

Apesar das inovações que projetou, acredita que o uso generalizado de smartphones levou ao vício das redes sociais e à preocupação com a privacidade. Contudo, mantém-se otimista quanto à direção que a tecnologia está a tomar.

Marty Cooper enalteceu a sua crença na capacidade da humanidade em melhorar e sugeriu que os avanços tecnológicos podem ter um impacto significativo nos cuidados de saúde e na educação.

Considera igualmente que o ‘smartphone’ moderno tornou-se demasiado complexo, com um conjunto de aplicações e um ecrã que não está em conformidade com a curvatura do rosto humano.

A 03 de abril de 1973, Marty Cooper fez a primeira chamada pública a partir de um telefone portátil de mão enquanto utilizava um protótipo que a sua equipa Motorola só tinha começado a conceber cinco meses antes. O responsável telefonou ao seu concorrente nos Laboratórios Bell, propriedade da AT&T, utilizando um telefone Dyna-TAC. O equipamento media cerca de 28 centímetros e pesava mais de um quilo.

Marty Cooper trabalhou no desenvolvimento de uma versão comercial do equipamento nos dez anos seguintes. Embora a chamada tenha servido de catalisador para a revolução móvel, o responsável observou que, na altura, “não tínhamos maneira de saber que aquele era um momento histórico”.

O inventor recebeu um prémio de realização vitalício durante os 50 anos desde que fez a primeira chamada de telemóvel.

“Sabíamos que a ligação era importante. E contámos uma anedota que um dia, quando nascesse, ser-lhe-ia atribuído um numero de telefone”, contou.

As empresas já estão a desenvolver tecnologia que liga os computadores ao cérebro. Entretanto, a riqueza de conhecimento da industria de Marty Cooper apoia a sua visão otimista sobre a direção da tecnologia.

ZAP //

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