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Coroa de diamantes e safiras da rainha Maria II vai hoje a leilão em Genebra

Wikimedia

D.Maria II

A leilão vai também, esta quarta-feira, um conjunto de adornos, igualmente em safiras e diamantes, da coleção de Estefânia de Beauharnais, filha adotiva de Napoleão I

Várias joias que pertenceram a casas reais europeias, entre as quais a de Portugal, vão hoje a leilão, em Genebra, pela Christie’s.

Entre as joias a leiloar encontra-se uma coroa de diamantes e safiras que foi da rainha Maria II (1819-1853), com uma base de licitação de perto de 155 mil euros.

Segundo a descrição da leiloeira, trata-se de uma coroa cravejada de diamantes e safiras, com “uma notável safira birmanesa no centro”.

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), contactada pela agência Lusa aquando do anúncio do leilão, no final de março, afirmou que “está a analisar a situação e a obter todas as informações necessárias (relativamente a uma eventual aquisição)”, através do diretor do Palácio Nacional da Ajuda, José Alberto Ribeiro.

O Estado tem previsto a efetivação do Museu do Tesouro Real, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, com abertura prevista para junho.

Em Genebra, a leilão vai também um conjunto de adornos, igualmente em safiras e diamantes, da coleção de Estefânia de Beauharnais, filha adotiva de Napoleão I (1769-1821), que foi grã-duquesa de Baden (1789-1860), por casamento com Carlos I, em abril de 1806.

O conjunto totaliza nove peças, incluindo uma tiara, um par de brincos, dois pingentes e broches, bem como um anel e uma pulseira, que vão à praça em lotes individuais.

Para este conjunto foram utilizadas 38 safiras originárias do Ceilão, atual Sri Lanka, segundo a leiloeira.

Um documento, encontrado no estojo, atesta que as joias foram oferecidas a Estefânia, sobrinha da imperatriz Josefina, que Napoleão adotou como filha em março de 1806, pela sua prima Hortense de Beauharnais.

“Uma origem muito provável”, afirma a leiloeira em comunicado, referindo as “muitas pinturas”, nas quais Hortense e a mãe, a imperatriz Josefina, podem ser vistas usando adornos preciosos”.

Documentação relativa a Hortense, atualmente no Arquivo Napoleão, em Paris, “evidenciam a sua fortuna, entre 1817 e 1837, quando faleceu”.

Os documentos, segundo a leiloeira, demonstram que, em 1816, Hortense deixou Paris com pouco dinheiro, mas muitas joias.

Do conjunto faria parte um cinto decorado com pedras preciosas, um adereço comum na corte de Napoleão I.

// Lusa

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