Coreias chegam finalmente a acordo

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A Coreia do Sul desligou hoje os altifalantes que emitiam propaganda na fronteira contra o regime norte-coreano, depois de Seul e Pyongyang terem alcançado um acordo para travar o clima de tensão militar na península.

“As retransmissões foram suspensas às 12:00 [04:00 em Lisboa] tal como foi acordado”, informou um porta-voz do Ministério da Defesa de Seul à agência Efe, ressalvando, porém, que ainda não foram desinstalados.

O acordo selado horas antes por representantes de alto nível das duas Coreias prevê a suspensão das transmissões de propaganda sul-coreana contra a Coreia do Norte “a menos que suceda algo anormal”.

Estas transmissões, consideradas como uma potente arma no quadro da “guerra psicológica” de Seul contra Pyongyang, figuraram como o principal foco de tensão nos últimos dias.

A Coreia do Sul colocou em funcionamento os altifalantes na semana passada – quebrando o silêncio de 11 anos – como represália contra a Coreia do Norte pela explosão de três minas que feriram gravemente dois soldados sul-coreanos que patrulhavam a fronteira.

No âmbito do acordo logrado ao fim de duas rondas de uma maratona negocial – de dois dias e meio – Pyongyang lamentou o incidente com as minas – embora não reconhecendo explicitamente a sua autoria – enquanto Seul aceitou desligar os altifalantes.

Com o fim da crise militar – os contingentes de ambos os lados chegaram a estar em alerta após uma breve troca de tiros na zona fronteiriça na quinta-feira – é esperada uma melhoria nas relações entre as duas Coreias que se comprometeram a manter conversações e a organizar a primeira reunião em mais de um ano e meio de famílias separadas desde a Guerra da Coreia (1950-53).

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, já felicitou os dois países pelo acordo alcançado.

“Saúdo calorosamente a notícia de um acordo entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte”, afirmou em comunicado.

No comunicado, Ban Ki-Moon, que já foi ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul entre 2004 e 2006, pediu aos dois países para haver mais contenção, apoio humanitário e que sejam tomadas iniciativas para a reunião de famílias separadas.

“Como secretário-geral da ONU estou disposto a apoiar uma cooperação entre as Coreias”, disse.

ZAP / Lusa

2 Comments

  1. Aos meus olhos, o futuro das Correias é o da união não o da divisão. O caminho, porém, ainda será longo e difícil mas não impossível. É essa, pelo menos, a minha convicão.

  2. Afinal ainda não vai ser desta que o destemido camarada e herói Kim Jong-un vai derreter toda a América e a Coreia do Sul.

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